"Jesus morreu para tirar o seu pecado e não a sua inteligência." — Augustus Nicodemus Lopes —
segunda-feira, 6 de março de 2017
PLENA SATISFAÇÃO EM CRISTO
Rev.
Davi Miguel Manço
Sinto-me muito feliz quando, depois de um dia de
trabalho, passo a noite na companhia da minha esposa Renata, lendo juntos
um bom livro ou assistindo com ela algo interessante na televisão, com nossa
cadelinha “Mel” debaixo das cobertas conosco. Gosto também, em um desses
dias frios de inverno, de contemplar a beleza do céu profundamente azul,
sentindo o sol batendo de mansinho em minha face. É também prazeroso desfrutar
uma boa refeição; realizar um trabalho bem feito e perceber que ele teve
resultados; sentir que o analgésico fez efeito e a dor de cabeça passou... Tudo
isso gera prazer e satisfação.
Contudo, devemos reconhecer: De que adianta contemplar o
belo céu ensolarado que contrasta com o frio da manhã, sem reconhecer que estas
coisas se sustentam pelo poder do Criador (Sl 19.1)? Que prazer e beleza
haveria nisto, se tudo fosse matéria, reação físico-química? De que adianta
viver o contexto de família, sem reconhecer que a intimidade, a sexualidade, a
companhia do cônjuge, tudo isso é projeto de nosso Criador para nós? De que
adianta desfrutarmos uma deliciosa refeição sem reconhecer a graciosa provisão
de Deus? De que adianta ao homem levantar de madrugada, trabalhar duro, se não
consegue vislumbrar que, ao fazer isto, presta culto ao seu Criador ao cumprir
sua sagrada vocação? De que adianta ter saúde, somente para usar o vigor físico
para cometer iniquidades contra Deus?
O que estou querendo dizer é que, em rebeldia contra o
Criador, trabalho, comida, sexo, dinheiro, saúde, tudo é "vaidade
e correr atrás do vento" (esse
é o tema tão dramaticamente expresso pelo autor do livro de Eclesiastes).
Mas, por outro lado, se Jesus é o centro de nosso viver,
se nossa satisfação está plenamente nEle, então:
1) Quando fazemos as coisas mais simples (comer uma boa
refeição, ter momentos de lazer, experimentar alívio da dor) em tudo damos
graças a Deus e assim glorificamos o Redentor (1Co 10.31).
2). Temos prazer em nosso trabalho, e o realizamos como
serviço ao Reino. A nossa relação com Cristo transforma trabalho em vocação, e
nos empenhamos nele para glorificar a Deus. Se não for assim, tudo não passa de
canseira e enfado.
3) Ao pensarmos em sexo, a primeira coisa que nos vem a
mente não é lascívia, nem auto-gratificação; é GRATIDÃO
A DEUS, que criou algo tão maravilhosamente belo, profundo,
íntimo e capaz de expressar amor de um modo singular no contexto do casamento.
A centralidade de Jesus em nossa vida muda a forma de ver
o mundo. Entender biblicamente a realidade é reconhecer que só é possível ser
verdadeiramente feliz se a nossa felicidade está em CRISTO
JESUS antes de
qualquer outra coisa; e firmada nossa alegria nEle, podemos nos alegrar com as
coisas secundárias. Em outras palavras: as bênçãos “acessórias” - dinheiro,
sexualidade, família, saúde, comida - são verdadeiramente bênçãos, e não pedras
de tropeço para nós, quando as recebemos com ações de graças, louvando a Deus
por elas, e usando-as com alegria para glorificar nosso Redentor.
Por outro lado, se o fundamento de nossa alegria é
qualquer outra coisa que não o Senhor, então amamos mais as coisas criadas por
Deus do que nosso Criador e Redentor. Isto faz de nós idólatras, o que nos
conduz a duas considerações.
Primeiro, este mundo tem coisas muito boas e prazerosas,
mas elas somente são assim porque Jesus as redimiu. Logo, nosso maior prazer
deve estar em Cristo, que dá sentido a tudo que recebemos da parte de Deus. Sem
a ação redentora dEle, o pecador dá uma direção pervertida às coisas que foram
criadas boas por Deus. Na área da sexualidade, por exemplo, ao invés de usar
essa dádiva no contexto do casamento, o pecador se entrega à promiscuidade
(adultério, fornicação, homossexualismo, etc.). Só quando conhece Jesus, o
pecador redimido passa a usar as boas coisas criadas da maneira planejada por
Deus, para a glória dEle, e não para sua própria satisfação (fazendo do seu eu
um “deus” e das coisas um ídolo).
Em segundo lugar: se Jesus está no centro de nossa vida,
reconhecemos que a vida presente, por causa da obra dEle, já é muito boa, mas
ainda imperfeita; isto porque o pecado ainda macula e entristece a nossa vida.
Sendo assim, ansiamos por uma era futura, em que na presença de Jesus, lágrimas
não serão mais vertidas pelos salvos.
A vida aqui nessa terra está sob o efeito do pecado, e
por isso coisas ruins acontecem. Mas por causa do Cordeiro de Deus, morto antes
da fundação do mundo, desfrutamos de muitas coisas boas. Tudo de bom que temos
aqui provem dEle! Aliás, devemos reconhecer que nosso pecado deveria ter
causado a prevalência do sofrimento, do mal, da injustiça; é Cristo quem impede
isso, afinal, Deus provisionou redenção em Jesus, de maneira que aqueles que
são salvos continuam alegres e gratos a Deus mesmo quando as coisas vão mal.
O cristão, portanto, olha para tudo que existe e dá
glória a Deus; mas como sua alegria está centrada em Jesus, anseia
profundamente por sua volta, quando continuaremos a usufruir de muitas das
coisas excelentes que já existem - e de outras ainda melhores -, mas sem as
consequências destrutivas do pecado.
Se seu coração ama alguma coisa mais que Jesus, se você
considera que falta algo para ser feliz, então Jesus não se tornou para você
aquilo que de fato deve ser: O MAIOR TESOURO, A MAIOR ALEGRIA,
AQUELE QUE SATISFAZ PLENAMENTE.
Quem tem um
relacionamento assim com Jesus, acorda todo dia e diz: “Cristo Jesus, obrigado
pela alegria radiante que já desfruto em ti. Devo-a a ti. Senhor Jesus, para
que tu sejas ainda mais glorificado: vem já! Volta Senhor, para que possamos
conhecê-lo perfeitamente, para que toda lágrima seja enxugada de nossos olhos
por causa da tua presença maravilhosa em nosso meio, e para que possamos
contemplar a plenitude do belo, do bom, do justo e do amável, que somente a tua
segunda vinda poderá trazer à luz. Sim, Maranata, vem Senhor Jesus!”
Assinar:
Postagens (Atom)