domingo, 14 de agosto de 2016

Ciência confirma: Dinossauros não viveram há milhões de anos

Imagina que estás a ver um programa de televisão onde um homem idoso, meio surdo, pele envelhecida, costas curvas e paralítico afirma que tem 130 anos. Embora muitos de nós pudesse ficar céptico em relação a tal declaração (devido a raridade da ocorrência), se por acaso houvesse um homem na Terra com 130 anos, provavelmente o seu aspecto não seria muito diferente do aspecto deste homem.
Agora imagina que um homem forte, maratonista, com pele firme e brilhante, cabelo lustroso, boa memória e tensão arterial baixa afirmasse que tinha 130 anos. Que indivíduo razoável acreditaria em tal declaração? Practicamente toda a gente poria em causa tal afirmação, especialmente os médicos que mais tarde descobrissem que ele tinha um físico de alguém com 20 anos.
Entremos agora no mundo da “ciência evolutiva” (contradição). De acordo com os sempre fiáveis métodos de adivinhação/”datação” evolutivos, os dinossauros supostamente extinguiram-se há 65 milhões de anos atrás. Daí se infere que qualquer fóssil de dinossauro que seja encontrado nas camadas geológicas tem que ter no mínimo 65 milhões de anos.
Mas e se o fóssil não aparenta ser tão antigo? E se, após inspecção científica, fossem descobertos ossos de dinossauro com tecido ósseo “fibroso“, “flexível” e “resilente“, que quando “esticado volta ao seu tamanho ou forma inicial(1)? E se proteínas como o colagénio fossem encontradas lado a lado com a “hemoglobina, elastina e lamina, bem como estruturas tipo células parecidas com células sanguíneas e células ósseas(2)? Será que os evolucionistas concluiriam o mesmo que quase toda a gente no que toca ao maratonista de 130 anos?
Aparentemente não.
Quando se chega às descobertas perigosas da Drª Mary Schweitzer, os evolucionistas universalmente rejeitam aquilo que os seus olhos podem observar, e preferem tapar os ouvidos e continuar a acreditar que os dinossauros viveram há milhões de anos atrás.
Durante os últimos anos, e um pouco por todo o mundo, os cientistas têm desenterrado uma variedade de ossos de dinossauro que contém proteínas intactas, incluindo colagénio, hemoglobina, elastina e lamina. No entanto, uma vez que de acordo com o evolucionista e escritor científico Robert Service, “proteínas nos tecidos normalmente degradam-se rapidamente após a morte do animal“, a pesquisa da equipa liderada pela Drª Mary Schweitzer manteve-se “controversa” (3).
Desde a altura em que a Drª Schweitzer publicou os seus achados relativos aos tecidos macios de dinossauros de “68 milhões de anos” (2005 e 2007), um estudo ainda mais exaustivo foi feito no chamado “duck-billed dinosaur” (supostamente de 80 milhões de anos) (3). O que é que os pesquisadores encontraram? Desta vez “Schweitzer e os colegas reportaram ter encontrado um número ainda maior de fragmentos de proteínas“. Depois de terem usado químicos para dissolver os minerais, os cientistas viram o que parece ser “uma rede de vasos macios e transparentes, bem como matrizes extracelulares“.
Qualquer maratonista aparentando ter 20 anos, forte, cabelo lustroso e sem rugas na pele afirmando ter 130 anos seria desacreditado imediatamente. A ciência e o senso comum exigem que a idade de 130 anos seja rejeitada. Então, o que dizer àcerca das datas que os evolucionistas atribuem a estes ossos de dinossauro que “aparentam ser novos“, ossos esses com um “milagosamente preservado tecido macio(4)?
Agora que o anteriormente “controverso” colagénio de dinossauro foi confirmado, será que os evolucionistas estão prontos a reconsiderar as datas que eles atribuem aos dinossauros? Será que os evolucionistas estudam a possibilidade dos dinossauros não terem vivido há milhões de anos atrás, mas sim a centenas ou a milhares de anos atrás, como afirma a Bíblia? A julgar pelo que eles escrevem, aparentemente não. Os evolucionistas estão assustadoramente silenciosos no que toca a esta contradição flagrante:
Como é que fósseis com idades de 80 milhões de anos podem conter hemoglobina, elastina, colagénio, lamina e estruturas tipo-célula aparentando células sanguíneas e células ósseas? O problema não está nos ossos, obviamente; diversos estudos durante os últimos 4 anos verificaram a presença de colagénio. O problema está nos métodos de datação evolutivos. De acordo com as evidências, eles não funcionam.
Mais uma vez, e como é normal, a Palavra do Criador revela-se historicamente Fiável. Os dinossauros sempre viveram lado a lado com os humanos, embora uma grande parte deles tenha desaparecido.
Porque é que os ateus não usam a tão amada “Navalha de Occam” neste caso? A interpretação que assume menos coisas é a interpretação Bíblica: estes ossos aparentam ser recentes porque eles são recentes. Se se rejeita esta interpretação, temos que inventar uma miríade de pseudo-condições nunca verificadas, ou postular que estamos na presença de “um novo tipo de fossilização”.
É importante ficar com estas experiências científicas à mão, e reparar como a posição ateísta é totalmente contrária às evidências. Reparem também como estas evidências não fazem o ateu reconsiderar a sua posição. Para o ateu, “tem que existir outra explicação” porque a posição que as evidências confirmam (dinossauros são recentes) não lhe agrada. Isto mostra bem como as crenças pessoais têm um peso enorme na interpretação do passado não observável.
O que isto mais uma vez mostra é que não são as evidências que transformam um ateu num crente. Para o ateu, a Hipótese Deus não está de acordo com a sua moralidade, e como tal ele filtra toda a informação que os seus sentidos recebem de forma a manter a sua fé no ateísmo. Tudo aquilo que põe em causa a sua visão do mundo ele rejeita. Tudo aquilo que parece confirmar a sua fé, ele eleva-a para o estatuto de “verdade irrefutável”, sólida como a lei da Gravidade.
A Única Força que é capaz de transformar um coração rebelde num coração ensinável é o Espírito do Criador, o Espírito do Senhor Jesus Cristo. Quando um cristão fala de Deus a um ateu, ele não está a falar com alguém que não sabe que Deus existe, mas sim alguém que sabe que Deus existe, mas que suprime o conhecimento de Deus porque as “suas obras são más” (João 3:19).
Romanos 1:20
Porque as Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu Eterno Poder, como a sua Divindade, se entendem, e claramente se vêem, pelas coisas que estão criadas,para que eles fiquem inexcusáveis
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1. Schweitzer, Mary H., Jennifer L. Wittmeyer, John R. Horner, and Jan K. Toporski (2005), “Soft-Tissue Vessels and Cellular Preservation in Tyrannosaurus rex,” Science, 307:1952-1955, March 25.
2. Hecht, Jeff (2009), “First Dino ‘Blood’ Extracted from Ancient Bone,” New Scientist, [On-line], URL
3. Service, Robert F. (2009), “‘Protein’ in 80-Million-Year-Old Fossil Bolsters Controversial T. rex Claim” Science, 324[5927]:578, May 1.
4. Gebel, Erika (2007), “T. Rex May Be Close Relation to the Chicken,” Charleston Daily Mail, April 16, [On-line], URL

Princípios Básicos Cristãos

 A Vida Cristã

Quando aceitamos Jesus Cristo como nosso Salvador, começamos a vida Cristã. Contudo, aceitar Cristo é apenas o começo – Deus ainda não finalizou tudo connosco.

Depois de estarmos na fé, o que é que fazemos? Que diferença faz a fé na forma como vivemos? O que quer Deus fazer connosco? Como quer Ele mudar-nos? E como é que tornamos mais fácil essa transformação?


O grande objectivo de Deus nas nossas vidas


Deus quer que cada um de nós sejamos “conformes à imagem do seu Filho” (Romanos 8:29). “E nós que, com a face descoberta, refletimos como num espelho a glória do Senhor, somos transfigurados nessa mesma imagem...” (2 Coríntios 3:18). Paulo trabalhou para que Cristo fosse “formado” nos crentes (Gálatas 4:19)Ele descreve o nosso interesse nessa direção: “A meta é que todos juntos nos encontremos unidos na mesma fé e no conhecimento do Filho de Deus, para chegarmos a ser o homem perfeito que, na maturidade do seu desenvolvimento, é a plenitude de Cristo.” (Efésios 4:13).

Como filhos de Deus, estamos a tornarmo-nos cada vez mais como o Seu Filho . Ele não é apenas o nosso Salvador, Ele é também o nosso exemplo, mostrando-nos como devem ser os seres humanos. Quando acreditamos em Cristo, temos uma nova identidade e uma nova razão de viver. A nossa nova identidade é “criança de Deus”.  A nossa meta é sermos “criados segundo Deus na justiça e na santidade que vem da verdade.” (Efésios 4:22-24). Temos de agir de acordo com a nova pessoa que somos.

Sermos como Deus. Que grande meta esta! Deus está a mudar-nos para sermos mais como Ele próprio - mais como Jesus, o qual nos mostrou como é Deus em carne e osso. Obviamente que não nos podemos tornar como Deus, pelos nossos próprios meios. Mas Deus pode – e está a fazê-lo! Ele não o faz contra a nossa vontade, somente se nós concordarmos com o que Ele está a fazer. Ele ajuda-nos a concordar com Ele, através do Espírito Santo operando nos nossos corações e nas nossas mentes. “...é Deus que desperta em vós a vontade e a acção, conforme a sua benevolência” (Filipenses 2:13).

Não é necessário sermos como Cristo relativamente à sua habilidade como carpinteiro, costumes culturais ou aparência física. Em vez disso, devemos ser como Ele na “santidade que vem da verdade” . Na nossa moralidade e na nossa devoção a Deus, devemos ser como Jesus Cristo. É esse o objectivo da vida Cristã – crescermos para sermos mais parecidos com Ele. É necessário sermos mudados no nosso interior, nos nossos pensamentos. Paulo diz: “...mas transformai-vos pela renovação da mente,...” (Romanos 12:2). “...revestistes-vos do homem novo que, através do conhecimento, se vai renovando à imagem do seu Criador.” Quando pensarmos como Cristo, seremos como Ele.


A nossa própria submissão

Deus é que faz o trabalho, mas nós temos a nossa parte por fazer. Podemos fazer resistência ao Seu trabalho ou podemos nos submeter cooperando com Ele. Na história do Cristianismo ainda se realçam, firmemente, três práticas: oração, estudo Bíblico e adoração. Milhões de Cristãos consideraram que estas três práticas (por vezes denominadas disciplinas espirituais) ajuda-nos a estar perante Deus para que Ele faça o Seu trabalho nos nossos corações e nas nossas mentes.
Na oração, nós reconhecemos a necessidade que temos de Deus. Nós somos lembrados que Ele é o nosso modelo a seguir, o ponto de referência para as nossas vidas. O nosso amor por Deus cresce por louvarmos o Seu poder e agradecermos-Lhe pela Sua misericórdia. Colocamos cada dia no seu próprio contexto, louvando-O por todas as coisas boas e reconhecendo o Seu objectivo para as nossas vidas. Confessamos as nossas necessidades e procuramos pela Sua ajuda, não apenas para as nossas necessidades físicas mas também, para a transformação espiritual que precisamos.

A oração foi uma parte constante na vida de Jesus, e se Ele precisava de orar, nós ainda precisamos mais. Às vezes é difícil. Nem sempre sabemos o que dizer, o que pedir ou como louvar. Não é fácil retirarmos tempo para orar. Mas é preciso que o façamos com regularidade.

Na oração, não só falamos com Deus como também, ouvimos o que Ele nos diz trazendo certos pensamentos à nossa mente através do Espírito Santo. Como é que sabemos se essas ideias vêm de Deus ou se são, meramente, do nosso cérebro. Para discernir a diferença, precisamos de treino em relação ao funcionamento da mente de Deus – treino esse que só o conseguimos através do estudo Bíblico.


As Escrituras

As Escrituras eram importantes para Jesus. Ele conhecia-as bem e considerava-as como tendo autoridade. Ele usou as Escrituras para rejeitar as tentações do demónio (Mateus 4:1-11). Ele disse que “nem só de pão vive o homem” – que também, precisamos de “toda a palavra que sai da boca de Deus” (versículo 4).

Nós precisamos das palavras das Escrituras. Deus fez com que estes livros fossem escritos para nossa instrução e  encorajamento (2 Timóteo 3:16). As Escrituras ajuda-nos a mudar os nossos pensamentos para que se pareçam mais com os de Cristo.

Os antigos Cristãos eram devotos aprendizes da doutrina que os apóstolos ensinavam. (Atos 2:42). Nós recebemos os mesmos ensinamentos no Novo Testamento. Parte do plano de Deus para a nossa transformação está no estudo das Escrituras. Ele não nos força a fazê-lo – a escolha é nossa.

Isto, também, nem sempre é fácil – por duas razões. Em primeiro lugar, partes da Bíblia são difíceis de entender e em segundo lugar, o significado, por vezes, é discutível. Há uma tal profundidade nas Escrituras que pode durar uma vida inteira para entendê-las. Na primeira vez que a estudamos, entendemos apenas um pouco do que está à superfície, depois um pouco mais, na segunda vez e ainda mais um pouco, pela terceira vez. Por isso, não podemos esperar que possamos entender tudo de uma só vez. Ajuda mais, concentrarmo-nos no que entendemos, do que naquilo que não conseguimos compreender.

Para a maioria das pessoas, no entanto, a parte mais difícil, no que se refere ao estudo Bíblico, é disponibilizar tempo para o fazer. É necessário que o transformemos numa disciplina regular e habitual. Muitos Cristãos consideram que ajuda, ler um pequeno trecho da Bíblia, todos os dias, pensar e orar sobre o que leram. Livros de orações são frequentemente úteis. O principal é criar um hábito e mantê-lo.

Adoração é a terceira disciplina que ajuda a aumentar a nossa parecença com Cristo. Jesus disse que Deus está à procura de pessoas que O adorem com sinceridade (João 4:23). Os antigos Cristãos eram devotos na comunhão fraterna, no partir do pão e na oração (Actos 2:42). Juntavam-se para adorar. Quanto mais adoramos Deus, mais perto estaremos Dele. A nossa fé tornar-se-á mais forte quando estivermos em contacto frequente com outros que têm fé.

Existem muitas outras disciplinas ou ferramentas para o crescimento espiritual. Nelas estão incluídas a meditação, jejum, solidão, simplicidade, generosidade e serviço. Em tudo isto , temos de nos lembrar que o crescimento espiritual, não é mérito nosso. Não nos tornamos como Cristo, através de autodisciplina. Em vez disso, as disciplinas são, meramente, uma forma de permitir que Deus faça o Seu trabalho, com menos resistência da nossa parte.


Jesus Cristo como Senhor

No Novo Testamento Grego, um dos títulos mais comum de Cristo is kyrios, geralmente traduzido como “Senhor”. Esta palavra grega podia referir-se a um proprietário de terras, a um oficial do governo ou a outra pessoa com autoridade. Também se podia referir a Deus, tal como o foi, frequentemente, na tradução grega do Velho Testamento.

Quando o imperador romano queria que as pessoas o chamassem kyrios, estava a assumir ser “o” senhor, a autoridade suprema – e os Cristãos recusaram. Em vez de dizer “Nero é Senhor” diziam “Cristo é Senhor”, apesar de, por vezes, lhes custar a vida. Embora obedecessem às leis romanas sempre que podiam (Romanos 13:1-7), somente a Jesus Cristo podiam eles dar fidelidade incondicional. Ele tem a autoridade suprema. Ele é o Senhor.

Pedro diz-nos, “ reconhecei Cristo como Senhor” (1 Pedro 3:15). Como nosso Senhor, Jesus é duas coisas: Protetor e Patrão. Temos de confiar nele e obedecer-lhe. Ele que deu a Sua vida por nós, deve ser reconhecido como provedor do que necessitamos.

Isto não quer dizer, tudo aquilo que queremos e nem sempre quer dizer saúde e dinheiro. Na realidade, Jesus pode até mesmo, dar-nos tribulações ou permitir que estas nos aconteçam (Atos 14:22; Hebreus 12:5-11), contudo é necessário que confiemos que Ele sabe o que está a fazer e que é para o nosso bem.

O apóstolo Paulo teve muitas tribulações, não obstante, ele diz: “aprendi a arranjar-me em qualquer situação” (Filipenses 4:11). Em várias ocasiões foi reduzido à pobreza, noutras tinha em abundância; Cristo era a sua fortaleza mesmo quando passava fome (v. 12-13). O seu Senhor dava-lhe, na altura, tanto quanto ele necessitava. Por vezes, Ele providenciava uma forma de escapar a uma tribulação; noutras dava-lhe a força para aguentá-la.

O nosso Senhor é também o nosso Mestre, o qual dá-nos ordens e espera ser obedecido. Paulo fala da obediência que vem com a fé (Romanos 1:5); Tiago diz que fé sem obediência está morta (Tiago 2:17). Nas nossas ações está patente se obedecemos a Cristo ou não. Ele morreu por nós e, em resposta, vivemos para Ele e para O servir (2 Coríntios 5:15). Nós oferecemo-nos, a nós próprios, a Deus, para sermos usados na justiça (Romanos 6:12-13).


Fé, esperança e amor

Porque devemos nós obedecer a Deus? Pela razão mais simples: é o nosso dever. Através da Sua morte na crus, Cristo comprou-nos (Atos 20:28) e é mais do que justo que façamos o que Ele diz. Nós somos filhos de Deus e devemos fazer o que Ele nos ordena. É claro que não é com o fim de sermos salvos que O obedecemos. A salvação vem em primeiro lugar e a seguir vem a obediência.

Todavia, a obediência é mais exigente que o dever. A obediência deve  vir do coração, deve ser feita porque assim o queremos e não de má vontade, por sermos obrigados. Então porque motivo devemos nós querer obedecer?

Há três razões principais: fé, esperança e amor. Em fé, acreditamos que as ordens de Deus são para o nosso próprio bem, Ele ama-nos e que ajudar-nos, não nos dá fardos pesados desnecessariamente.

Como nosso Criador Ele tem a sabedoria para saber como devemos viver, o que funciona melhor e o que causa maior alegria durante o longo percurso das nossas vidas. Nisso, temos de confiar Nele; a Sua perspectiva é muito melhor que a nossa.

Obediência exprime fé no Seu amor e sabedoria. Fomos criados por Ele para obedecer (Efésios 2:10) e a vida funciona melhor, se estivermos em sintonia com a forma com que fomos criados.

Obediência envolve, também, esperança numa benção futura. Se não houvesse vida futura, então a Cristandade seria ilusória (1 Coríntios 15:14-18). Jesus prometeu que os Seus discípulos considerariam a vida eterna muito mais valiosa do que qualquer outra coisa que tivessem de desistir, nesta vida (Marcos 10:29-30). Todos quantos forem salvos terão a alegria de conhecer Deus na vida eterna, mas, também, há recompensas adicionadas à vida eterna.

Jesus encorajou os Seus discípulos a “acumular riquezas no Céu” (Mateus 6:19-21). Várias parábolas Suas indicam que seremos recompensados pelo que fazemos nesta vida. Deus recompensa aqueles que O procuram (Hebreus 11:6).


Recompensas

Paulo também escreveu sobre recompensas: “Vós sabeis que cada um, escravo ou livre, receberá do Senhor o bem que tiver feito” (Efésios 6:8). Isto não se refere à salvação, mas sim a recompensas adicionais a esta. Ele descreve o julgamento como um fogo que testa a qualidade do trabalho de cada pessoa. “Se a obra construída sobre o alicerce resistir, o operário receberá uma recompensa” (1 Coríntios 3:14). Se  queimar, perdê-la-á, mas ainda assim, será salvo (v.15). Quanto mais nos parecermos, agora, com Cristo, mais o “manteremos connosco”  depois de morrermos.

O motivo do nosso esforço não se refere apenas às recompensas, mas porque somos filhos de Deus e não apenas empregados que fazem somente o trabalho pelo qual são pagos. Amor é o motivo do nosso esforço para obedecermos. Incluído está o amor pelas pessoas que nos rodeiam, devido ao facto de ser melhor para elas que nós obedeçamos a Deus do que o contrário. As instruções de Deus são sensatas, não são regras arbitrárias. Ajudam o inter-relacionamento  pessoal.

Maioritariamente, é o amor que dedicamos a Deus que nos leva a querer obedecer-Lhe. Ele tem feito tanto por nós que não podemos deixar de estarmos agradecidos e de querermos agradar-Lhe. «Se Me amais,» diz Jesus, «obedecereis aos meus mandamentos» (João 14:15) «Se alguém Me ama, guarda a minha palavra...» (v.23). Mais tarde, João escreveu, “Porque amar a Deus significa observar os seus mandamentos...” (1 João 5:3) “Quem diz que conhece a Deus, mas não cumpre os seus mandamentos, é um mentiroso, e a Verdade não está nele. Por outro lado, o amor de Deus realiza-se de facto em quem observa a Palavra de Deus. É assim que reconhecemos que estamos com Ele” (1 João 2:4-5).
Obediência pode também, demonstrar às outras pessoas que nós amamos Deus. Obediência diz que Ele é grandioso, bom e sábio e que nós o adoramos. Obediência diz que Deus é importante para nós, que é valioso e que merece a nossa lealdade. Deixem que as vossas boas obras estejam à vista , disse Jesus, para que as pessoas as possam ver «e louvem o vosso Pai que está nos céus» (Mateus 5:16).  
“Comportai-vos de modo exemplar entre os pagãos,” escreveu Pedro, “a fim de que eles, mesmo falando mal de vós como se fôsseis malfeitores, ao verem as boas obras que fazeis glorifiquem a Deus no dia do julgamento” (1 Pedro 2:12). Um bom exemplo pode ajudar as pessoas a disporem-se favoravelmente para com Deus. “Uma só coisa: comportai-vos como pessoas dignas do Evangelho de Cristo” (Filipenses 1:27). Ajudemos o Evangelho a estar associado a coisas boas, não más. O nosso amor a Deus significa que queremos trazer-Lhe publicidade favorável, para que outros também O venham a amar. Um mau exemplo levará a Palavra de Deus a ser difamada (Tito 2:5). Aqueles que se orgulham dos seus pecados não podem ser contados como membros de boa reputação (1 Coríntios 5:1-13)



Santificação

Muito do que temos aqui discutido está sob o termo teológico santificação, que quer dizer ‘tornar santo’. Através da sua morte, Cristo já nos santificou (Hebreus 10:10). Significa que nos agrupou para Ele, para Seu uso próprio. Nós estamos santificados e as Escrituras chama-nos, frequentemente ‘santos’. Nós estamos dedicados a Deus.

Mas, num outro sentido, nós ainda estamos no processo da santificação (v.14). O trabalho ainda não está concluído. Talvez já tenha notado que o nosso comportamentos nem sempre é como deveria ser. No processo de santificação, os nossos pensamentos e comportamentos estão a ser alterados em conformidade com o que devem ser na realidade. Nós somos filhos de Deus e é como tal que devemos ser e viver.

Embora Deus permita e incentive este processo, os Cristãos têm também, uma parte activa nele. Está sempre a ser-nos dito repetidamente, para pensarmos e agirmos de uma certa forma. “Portanto, meus amados, obedecendo como sempre, não só como no tempo em que eu estava aí presente, mas muito mais agora que estou longe, continuai a trabalhar com temor e tremor, para a vossa salvação” (Filipenses 2:12).

Deus “ salvou-nos e chamou-nos com uma vocação santa,” escreveu Paulo (2 Timóteo 1:9). Ele exorta-nos a oferecer os nossos corpos como sacrifícios vivos, a fazer a vontade de Deus. Ele encoraja-nos a viver uma “vida digna do Senhor,” e a  “fazer tudo o que Ele aprova: dareis fruto em toda a atividade boa e crescereis no conhecimento de Deus,”(Colossenses 1:10). A vontade de Deus é que vivais consagrados a Ele... que cada um saiba usar o próprio corpo na santidade e no respeito... Deus não nos chamou para a imoralidade, mas para a santidade” (1 Tessalonicenses 4:3-7). “Procurai estar em paz com todos. Progredi na santidade, porque sem ela ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12:14).
Ser como Jesus, viver como Jesus – isto pode parecer um objectivo  irrealista. No entanto não deixa de ser a nossa meta, porque é Deus que está a trabalhar connosco. Apesar das nossas incapacidades, podemos confiar que Ele concluirá o trabalho que começou em nós (Filipenses 1:6). Cristo tomou conta de nós para um Seu objectivo, o qual se refere em estarmos em conformidade com a Sua imagem. Por isso nós avançamos, confiantes em Jesus, esforçando-nos para fazer a Sua vontade. “...mas uma coisa faço: esqueço-me do que fica para trás e avanço para o que está adiante.  Lanço-me em direção à meta, em vista do prêmio do alto, que Deus nos chama a receber em Jesus Cristo” (v.13-14).
Lancemo-nos progressivamente!
                                                                                              Michael Morrison