domingo, 3 de julho de 2016

RAZÕES PARA OS TEÓLOGOS ME ABOMINAREM!

RAZÕES PARA OS TEÓLOGOS ME ABOMINAREM!

Eis aqui apenas algumas razões simples de minha fé, e pelas quais os teólogos me odeiam hoje em dia; embora tenha sido isto mesmo que eu sempre ensinei, inclusive no tempo em que me "adoravam". rsrsrs. A única coisa que mudou é me divorciei faz quase 16 anos. Então, tudo virou heresia!... rsrsrs
Veja as razões do agravo e da minha apostasia, segundo "eles"...
1. Na Teologia Dogmática tem-se uma Filosofia do Absoluto Divino/Sagrado decido pelo consenso teológico dos Concílios. Ora, eu nunca dei a mínima para isto. Li tudo e todos. Mas sempre li como quem lia Platão, na melhor das hipóteses.
2. Na Teologia Sistemática tem-se o Dogma do Interprete (s) selecionador (es) de textos conforme o dogma adotado e feito Teologia Sistemática pelo Concílio que define a crença de um dado "grupo de crentes" na religião cristã. Ora, para mim isso sempre foi escolha de time por afinidades e conveniências presupostas. Sempre achei tolo [...] e hermeneuticamente condicionador do olhar do interprete. Tolo demais!...
3. Jesus, a Chave Hermeneutica. Sim, é assim que cri desde o início. Sim, pois quando Jesus é a Chave Hermenêutica da nossa interpretação bíblica [tanto do V.T. quanto do N.T.], então, não há um dogma anterior... Os Dogmas passam a ser Exclusivamente os Absolutos Explicitados e Encarnados por Jesus. Também não há uma "sistemática" como "consequência do dogma". conforme faz a religião: define o dogma e então cria a sistemática.
O que há em Jesus para mim [...] é que Ele é o único Definidor do Dogma [sendo que Ele é, de fato, o único dogma; e, Nele, o único dogma é amor]; é o único interprete absoluto do Princípio-Dogma-Amor que Ele encarna.
Ora, é porque Ele encarna a Palavra que é Ele mesmo é que no ato de viver Ele a interpreta!
E mais: em Jesus tem-se também "a seleção das relevâncias" para a vida segundo Deus.
Sim, pois todos os temas do Velho Testamento estavam presentes nos dias de Jesus; e nas jornadas que fazia tais temas apareciam. Ora, os temas que foram "impostos a Jesus como problema", Ele tratou; e os que não lhe foram impostos, mesmo estando presentes na existência à Sua volta, Ele decidiu quais eram e quais não eram relevantes como tópicos.
Portanto, mais do que "textos" em discussão o que Jesus apresenta é o "espírito do Evangelho"; não como uma seleção sistemática de textos, mas como uma definição de significados, princípios e importâncias.
Por exemplo: Ele mesmo escolheu coisas e histórias que deveriam ser parte do Evangelho; e, entre elas, Ele decidiu que a história de uma mulher apaixonada por Deus tinha que constar no Evangelho, e não um monte de maldades humanas praticadas pelos religiosos que abominavam aquele tipo de mulher.
E assim é tudo o mais...
Mas é preciso conhecer o Evangelho para entender o que digo!
Teólogos se asfixiam diante de tais realidades insosfismáveis!
Claro! Tal percepção tira o eixo da discussão da interpretação filosófica ou filológica do texto e nos chama para a prática do amor como escrito da vida no chão do mundo; sim, tudo para o meu bem e do meu próximo; posto que este seja o verdadeiro benefício do Evangelho!

Nele, como amor por Ele em você, meu irmão,

Caio
1 de janeiro de 2014
Lago Norte – Brasília

Conteúdo extraído do blog: http://www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=06420

SE TIRAR DEUS... NO FIM SÓ RESTA DEUS!...

E TIRAR DEUS... NO FIM SÓ RESTA DEUS!...
Quem escreveu o Eclesiastes na Bíblia disse que usou o critério existencialista a fim de buscar uma mediação entre a percepção e o quer que fosse Realidade na Existência.
De tal Existência ele tirou tudo, inclusive Deus...
Então, dedicou-se ao provar, ao sentir, ao experimentar...; sem culpa, sem medo, sem temor de nada, sem nada acima e sem nada abaixo.
Assim, dedicou-se ao erotismo, ao hedonismo, ao esteticismo, ao produtivismo, às artes, às formas, aos sons, aos sentidos, aos extra-sentidos, à loucura, às "viagens", à alteração de consciência, tanto quanto dedicou-se à política, à vida social, e, sobretudo, à apreciação da relação entre a capacidade humana verificável e o seu resultado prático igualmente mensurável nas expressões sociais em geral. Ou seja: a relação entre competência e quem se dá bem e quem se dá mal na vida, conforme os critérios sociais aceitos ou estabelecidos.
No fim ele conclui que o olhar seco para a existência deixa o observador nauseado na falta de significado e na certeza das repetições dos mesmos absurdos... num ciclo sem fim... mas sempre tão óbvio quanto igualmente sedutor.
É só então que ele conclui que nesta existência não há muito a aproveitar com um mínimo de tolice. A maior parte das coisas são vaidade louca e surtada... e, as demais, são vaidades piedosas e eticamente dissimuladas.
O que nos salva da náusea nesse olhar horizontal imediato é o temor/reverência/sentido/absoluto/de/ser/na/existência cônscia de Deus, e que da existência chama vida o que cabe entre beijos, abraços, alimentos, bebidas, carinhos, alegrias e reverencias para com os vivos, pois, tudo o mais, em si, já é tolice de tolices, bobagem de bobagens, é correr atrás do vento...

Caio
30/06/13
DF

PROBLEMAS NA IGREJA E A NECESSIDADE DE UMA PSICOLOGIA CRISTÃ


A atuação da Igreja tem sido voltada durante centenas de anos para a evangelização e missão entre os povos. Não está errado esse modo de ver a ação daquela que é a agente e porta-voz do Reino. Em uma nação considerada evangelizada, cuja igreja consegue andar com seus próprios pés, sem a ajuda missionária, ou seja, passada aquela fase de estruturação em bases sólidas, a igreja tende a cuidar de seus próprios problemas e enviar missionários. Esse novo período abre os olhos da igreja para os problemas espirituais e sociais ao seu redor e abre espaço para uma crítica social: É válido ganharmos o mundo e perdermos os nossos filhos? Li em um livro que Luis Palau, depois de pregar em uma prisão, veio uma multidão tão grande de homens à frente que, em menos de uma hora, deparou-se com um novo problema: o nascimento de uma igreja enorme. O pregador começou a chorar e a perguntar-se: “E agora, quem cuidará dessas almas?”.

A igreja brasileira cresceu antes do tempo previsto e os líderes não se deram conta de seu crescimento, tendo hoje um problema estrutural. Basta ver os templos das Assembleias de Deus ontem e hoje. Ontem, templos pequenos, para 200 pessoas no máximo, com dois banheiros e uma salinha para secretaria e tesouraria. Mais tarde, não tendo mais para onde crescerem, inventaram as galerias. Ainda não haviam salas para Escola Dominical, aconselhamento, berçário, fraldário, estacionamento, etc. Assim como não nos preparamos para essa realidade, igualmente não nos preparamos para o crescimento vertiginoso que o movimento evangélico está experimentando no Brasil. Hoje os templos são construídos para milhares, estacionamentos amplos, com salas para todos os departamentos, inclusive escolas teológicas, o que era visto com maus olhos, principalmente no meio pentecostal.

Embora nossos pastores estejam fazendo o melhor para suas comunidades no que diz respeito às acomodações, estamos diante de um problema talvez ainda maior. Os divórcios, os relacionamentos e a saúde psíquica dos membros de nossas igrejas são de causar espanto! Nunca se viu tantos casamentos desfeitos, lares desestruturados, crentes estressados, carregados de ansiedade, hipertensos, com síndrome de pânico, transtorno bipolar, depressão e problemas cardíacos. A correria de nosso tempo, as angústias e frustrações por não terem alcançado seus objetivos na vida, tem levado muitos crentes aos tribunais, às terapias de casais, às clínicas psicológicas e psiquiátricas como nunca.

Precisamos acordar para os benefícios trazidos pela Psicologia para a realidade das igrejas. Não que deva substituir a ministração da Palavra nos cultos e nas reuniões terapêuticas, não é isso! Não é desprezar o dom de Deus, a consolação do Espírito, as clínicas que já existem nas igrejas, as formas de aconselhamento e terapia ou os núcleos de reabilitação familiar, mas ousar e antecipar-se aos fatos, fazendo com que os pastores das igrejas atuem ao lado de pastores-psicólogos e estes últimos tenham espaço em nossas atividades pastorais para resgatar a auto-estima do povo de Deus, aplicando não puramente princípios freudianos ou junguianos, mas bíblicos: cristológicos, paulinos ou aqueles encontrados nos livros sapienciais e nos profetas.

Ouvi por esses dias um sermão interessante: “Correr Menos e Confiar Mais”. Muitos cristãos perdem tempo e se desgastam com coisas frívolas, e correm tanto como se fossem salvar o mundo e colocar todas as coisas em ordem – não vão! Quantos pastores estressados hoje porque deram mais de suas vidas para as igrejas que pastorearam e menos para si e para sua família; deram-se além dos limites humanos e hoje sofrem angústias, andam depressivos e confessam: “Se tivesse que fazer tudo de novo, eu faria, mas de outro modo, de um modo mais inteligente: valorizaria mais a vida, a família, as pessoas e menos as instituições”.

Temos tempo para consertar tudo isso, se encararmos o problema de frente e investirmos mais no aconselhamento na área familiar e criarmos uma clínica pastoral, inclusive para o pastor e sua família; se investirmos mais na área bíblica-psicológica; se considerarmos mais os relacionamentos frente ao individualismo e a concorrência, inclusive dentro das igrejas; se apreciarmos mais as pessoas que as coisas e mais a família que os projetos humanos; se olharmos as aves dos céus e os lírios do campo (Mt. 6.25-34) e fugirmos da correria da modernidade; se frequentarmos e descansarmos mais no divã de Deus; se valorizarmos mais os indivíduos que as construções de concreto; se preferirmos o amor ao próximo à frieza dos códigos estabelecidos e perpetuados pelo tempo (Mt. 23.4). Falamos muito sobre doenças psicossomáticas em nossos púlpitos, somos dados a interpretar sonhos, mas temos medo de aprofundarmos a questão e perdermos o carisma, porém se entendemos biblicamente que o homem é pneuma, e psiquê, e soma (I Tss. 5.23), devemos ajudar e procurar salvar (curar) o homem todo.

Creio que todo cristão está justificado posicionalmente em Cristo (Rm. 5.1,2; II Co. 5.17), que será salvo todo aquele que invocar o nome do Senhor (Rm. 10.13) se permanecer até o fim (Rm.11.20,21). Mas, também creio que Deus quer salvar e curar almas com um passado trágico (Jo. 4), desesperadas, beirando o suicídio (At. 16.27-31). Podemos levá-las à sanidade, ao equilíbrio e vida plena, pela Palavra e pelo Espírito, com a ajuda de todas as ciências que Deus disponibilizou para o nosso bem estar para viverem em abundância de vida (Jo. 10.10). Nada melhor que aproveitarmos o tempo da expansão da Igreja para cuidarmos melhor de nossos filhos na fé. Temos espaço físico e aparelhos para fazê-lo, basta despertarmos para essa nova realidade. 

Acabei de receber um email de uma moça que se afastou da igreja e em uma relação com o namorado, engravidou. Com medo do que pudesse acontecer no futuro, abortou e hoje não dorme direito com a consciência em crise, com pesadelos, com choro contínuo e depressão, pois sabe que cometeu um assassinato, posto que conhecia a verdade. Com medo do futuro, tomou uma decisão errada e hoje o passado a atormenta. E agora?! Alguém dirá: “Vamos orar!”. Perdoem-me se pareço descrente do poder da oração, porém a Bíblia diz que “a oração de um justo pode muito em seus efeitos” - mas não que pode tudoEssa irmã precisa mais que oração, precisa de acompanhamento psicológico, de abraço, de afeto, de carinho, de ajuda médica, caso contrário será o próximo caso de depressão profunda a dar entrada nas estatísticas das clínicas psiquiátricas ou mais um caso de cristão suicida.

Maranata. Ora Vem Senhor Jesus! 
Deus abençoe a todos.


Conteúdo estraido do blog do Pastor Guedes
http://pastorguedes.blogspot.com.br/2016/02/problemas-na-igreja-e-necessidade-de.html

Considerações preliminares sobre Ética Cristã


I – CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES SOBRE ÉTICA CRISTÃ

Pr. Gilson Soares dos Santos
1 – Definindo os termos: Ética e Ética Cristã

            Comecemos com definições de Ética:

            Elinaldo Renovato de Lima, em seu livro “Ética Cristã: Confrontando as questões morais de nosso tempo”, define Ética da seguinte maneira:

“A palavra ética vem do grego, ethos, que significa costume, disposição, hábito. No latim, vem de mos (mores), com o sentido de vontade, costume, uso, regra. [..] A Ética integra os seis sistemas tradicionais da Filosofia, ao lado da Política, da Lógica, da Gnosiologia, da Estética e da Metafísica.”[1].

            Por sua vez, Alderi Souza de Matos, em seu artigo “As bases bíblicas da Ética Cristã”, postado no site da Mackenzie, apresenta o seguinte conceito de Ética:

“A palavra “ética” vem do grego ethos e se refere aos costumes ou práticas que são aprovados por uma cultura. A ética é a ciência da moral ou dos valores e tem a ver com as normas sob as quais o indivíduo e a sociedade vivem. Essas normas podem variar grandemente de uma cultura para outra e dependem da fonte de autoridade que lhes serve de fundamento.”.[2]

            No Livro “Filosofia e Cosmovisão Cristã” J. P. Moreland e William Lane Craig, ao falar sobre uma definição para Ética, nos apresenta o seguinte:

“A ética pode ser entendida como o estudo filosófico da moralidade, a qual se ocupa com nossas crenças e avaliações sobre motivação, atitude, caráter e conduta, e se isto está certo ou errado. Quando um eticista estuda a moralidade, certos conceitos de valor estão em foco: “certo”, “errado”, “bom”, “mau”, “dever”, “obrigação”, “virtuoso”, “censurável” e assim por diante”.[3]

            O ”Compêndio de Filosofia”, organizado por Nicholas Bunnin e Tsui-James, traz um capítulo inteiro tratando sobre Ética, e nele conceitua Ética da maneira como transcrevemos a seguir:

“A ética examina a natureza dos valores morais e a possibilidade de justificar seu uso na apreciação e na orientação de nossas ações, nossa vida e nossas instituições comuns. De maneiras radicalmente diferentes, os filósofos, de Sócrates a Wittgenstein, descobriram na ética uma fonte de profundidade reflexiva filosófica. As virtudes, os princípios e as consequências para o bem estar humano foram propostos como foco mais importante da compreensão ética.”[4].

            Todos os conceitos acima tratam de explicar o que é Ética em seu contexto mais abrangente. É claro que as definições que colocamos aqui estão resumidas, pois sabemos que as obras supracitadas são mais abrangentes no propósito de explicitar o que vem a ser essa disciplina chamada Ética, que é uma ciência normativa que permeia todos os aspectos de nossas vidas, pois, queiramos ou não, todos os dias nos deparamos com julgamentos éticos.

            Agora vejamos a definição para Ética Cristã:

            Comecemos com a explicação de Alderi Souza de Matos sobre Ética Cristã.

“A ética cristã tem elementos distintivos em relação a outros sistemas. O teólogo Emil Brunner declarou que a ética cristã é a ciência da conduta humana que se determina pela conduta divina. Os fundamentos da ética cristã encontram-se nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, entendidas como a revelação especial de Deus aos seres humanos.”[5]

            Elinaldo Renovato entende Ética Cristã da seguinte maneira:

“Pode ser entendida como um conjunto de regras de conduta, aceitas pelos cristãos, tendo por fundamento a Palavra de Deus. [...] o certo e o errado devem ter como base a Bíblia Sagrada, considerada como regra de fé e prática”[6].

            Encontramos no site da Mackenzie, um artigo sobre “Os valores da ética”, o qual traz o seguinte entendimento de Ética Cristã:

“A ética cristã, portanto, é o conjunto de valores morais baseados nas Escrituras Sagradas, pelo qual o homem deve regular sua conduta nesse mundo, diante de Deus, do próximo e de si mesmo.”[7]

            Anda dentro das definições preliminares da Ética Cristã, recorremos à formulação que Werner Wiese apresenta sobre Ética Cristã:

“A ética cristã se preocupa com as mesmas questões que a ética social: a preservação da vida, a postura do ser humano diante das leis que regem os Estados, etc. Contudo, a ética cristã (que é para os cristãos) vai além, pois olha para a criação e a sociedade a partir dos valores bíblico-teológicos, procurando colocar esse saber em prática no dia a dia. O crente em Jesus Cristo, como o ser humano que tem dupla cidadania, tem dupla tarefa: conservar e “salvar” a criação!”[8]

2 – A Importância e os valores da Ética Cristã

            Conforme argumenta Alderi Souza de Matos:

“A ética é importante para a vida diária do cristão. A cada momento precisamos tomar decisões que afetam a outros e a nós mesmos. A ética cristã ajuda as pessoas a encarar seus valores e deveres de uma perspectiva correta, a perspectiva de Deus. Ela mostra ao ser humano o quanto está distante dos alvos de Deus para a sua vida, mas o ajuda a progredir em direção esse ideal.”[9].

            Jorge Max da Silva, tratando sobre “A centralidade da ética na vida cristã”, assim expressa:

“Há em nosso país um verdadeiro clamor pela ética, e as mais diversas campanhas lideradas por inúmeras instituições revelam o ponto de saturação a qual a sociedade chegou, principalmente em relação à corrupção em todas as áreas e esferas dos três poderes que dirigem o Estado e a nação brasileira. No entanto é notório que os mesmos cidadãos e a mesma sociedade que reivindicam valores morais dignos para o uso do poder, em suas vidas particulares também não abrem mão da convicção de que os fins justificam os meios. Isso significa que o dia a dia da vida revela que a mentira, a trapaça, a traição, a ganância, etc. estão incrustadas no caráter e conduta dos homens, desmoralizando assim muitos dos que levantam a bandeira da moral e da ética nas instâncias superiores, onde não podem locupletar-se, pois, se pudessem, fariam exatamente o mesmo. [...] Diante do caos moral no qual nossa sociedade e instituições estão mergulhadas, a igreja de Jesus Cristo deveria ser vista como a única moral e eticamente capaz de cumprir o papel profético de denúncia do pecado e de evangelização da nação. [...] Sem boa doutrina não há boa moral. É preciso resgatar o padrão bíblico que une teologia e ética, doutrina e moral, fé e conduta, pois o que Deus uniu o homem jamais deve separar. [...] É mais do que urgente mostrar que somente a sã doutrina, aquela que é de fato salutar, pode produzir uma vida cristã moralmente sadia e digna do Senhor. Logo, enfatizar a doutrina e suas implicações morais é dever de todos aqueles que ministram a Palavra de Deus ao Seu povo”.[10].

            A Ética Cristã é de grande importância e deve estar, perfeitamente, relacionada à doutrina bíblica. Ética Cristã é sinônimo de vida cristã, sendo assim, a dobradinha doutrina e vida cristã é de grande importância.

3 – Diferença entre Ética e Moral

            Ética e Moral são palavras que, na atualidade, são usadas de maneira intercambiáveis, ou seja, as pessoas acabam trocando uma pela outra. R. C. Sproul, em seu livro “Como devo viver neste mundo”, nos traz uma iluminação sobre o assunto. Vejamos o que ele escreve:

O fato de que as duas palavras se tornaram quase sinônimos é um sinal da confusão que permeia o cenário ético moderno. Historicamente, as duas palavras tinham significados bem distintos. Ética vem do termo grego ethos, derivado de uma raiz que significa “estábulo”. E transmitia o sentido de um lugar de habitação, um lugar de estabilidade e permanência. Por outro lado. moralidade vem da palavra mores, que descreve padrões comportamentais de uma sociedade.[11]

            Segundo Sproul, Ética e Moral são duas ciências diferentes. Vejamos como ele continua explanando as diferenças entre ambas:

Ética é uma ciência normativa, que investiga os principais fundamentos que prescrevem obrigações ou “deveres”. Ela se preocupa primariamente com o imperativo e as premissas filosóficas nas quais os imperativos se alicerçam. Moralidade é uma ciência descritiva, que se preocupa com “o que alguém é”. A ética define o que as pessoas devem fazer. A moral descreve o que as pessoas realmente fazem.[12]

            Fica bem definido nas palavras de Sproul que “a ética define o que as pessoas devem fazer. A moral descreve o que as pessoas realmente fazem”.


[1] LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. Rio de Janeiro: CPAD. 2006. p.7.
[2] MATOS, Alderi Souza de. As bases Bíblicas da Ética Cristã. in:http://www.mackenzie.br/7153.html, acesso em 15/02/2016.
[3] MORELAND, J. P. CRAIG, William Lane. Filosofia e Cosmovisão Cristã. São Paulo: Vida Nova. 2012. p.483.
[4] BUNNIN, Nicholas. TSUI-JAMES, E. P. (org.) Compêndio de Filosofia. São Paulo: Loyola. 2002. p.197.
[5]  MATOS, Alderi Souza de. As bases Bíblicas da Ética Cristã. in:http://www.mackenzie.br/7153.html, acesso em 15/02/2016.
[6] LIMA, Elinaldo Renovato de. Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais do Nosso Tempo. Rio de Janeiro: CPAD. 2006. p.7.
[7] Os Valores da Ética. Encontrado em http://www.mackenzie.br/valores_etica.html, acesso em 15/02/2016.
[8] WIESE, Werner. Ética fundamental: critérios para crer e agir. São Bento do Sul: União Cristã. 2008. p.29.
[9] MATOS, Alderi Souza de. As bases Bíblicas da Ética Cristã. in:http://www.mackenzie.br/7153.html, acesso em 15/02/2016.
[10]  FERREIRA, Franklin. (editor) A Glória da Graça de Deus. São José dos Campos: Fiel. 2012. 563-565.
[11]  SPROUL, R. C. Como Devo Viver Neste Mundo? São José dos Campos: FIEL. 2012. p.11-12.
[12]  SPROUL, R. C. Como Devo Viver Neste Mundo? São José dos Campos: FIEL. 2012. p.12.


Conteúdo extraído do Blog do Pastor Gilson Soares
http://pastorgilsonsoares.blogspot.com.br/