sábado, 20 de agosto de 2016

O Ensino da Graça

 
A ideia da santificação progressiva, de que a santificação pode ser ‘melhorada’ pelo homem mediante uma 'completa' dedicação de sua vida, renúncia pessoal e auto-julgamento de suas ações não é bíblica. Após observar os argumentos que dá base de sustentação a teoria da santificação progressiva, surgem as perguntas: O cristão é santificado através de auto-julgamento? É possível renunciar ao pecado? O que é seguir a santidade?

“Pois a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens. Ela nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas, para que vivamos neste presente século sóbria, justa e piedosamente...” ( Tt 2:11 -12)
O Que a Graça Ensina?
Observe este comentário:
“Somos santificados através do auto-julgamento, da renuncia pessoal ao pecado e do seguir após a santidade. D. D. – A santificação é efetuada ao passo que o crente desenvolve sua salvação, cônscio da operação de Deus em seu íntimo” Teologia Elementar - E. H. BANCROFT- Pág 265, 10ª Impressão.
O versículo acima é utilizado como base de apoio a ideia da santificação progressiva, de que a santificação deve ser desenvolvida, que pode ser ‘melhorada’ pelo homem mediante uma 'completa' dedicação de sua vida, renúncia pessoal e auto-julgamento de suas ações.
Após observar os argumentos que dá base de sustentação a teoria da santificação progressiva, surgem as perguntas: O cristão é santificado através de auto-julgamento? É possível renunciar ao pecado? O que é seguir a santidade?
O que está estampado em Tito 2, verso 11 à 12 demonstra o contrário. O apóstolo Paulo exorta sobre o que Tito deveria falar aos cristãos sob sua responsabilidade ( Tt 2:1 -10). As determinações que deveriam ser passadas tinham um objetivo: que em tudo os cristãos fossem um “adorno” à doutrina de Deus (v. 10).
Dai decorre a seguinte verdade: Cristo trouxe salvação a todos os homens através da verdade do evangelho e ensinou aos que creem a abandonar a impiedade, as paixões do mundo para um viver (neste presente século) sóbrio, justo e piedoso diante dos homens.
Jesus deixou estas determinações a seus seguidores enquanto aguardam “... a bem-aventurança e o aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” ( Tt 2:13 ).
Um viver sóbrio, justo e piedoso não são elementos de santificação como querem alguns. O apóstolo é bem claro: um viver sóbrio, justo e piedoso é ORNAMENTO da doutrina de Deus! Ninguém é santificado por dedicar-se a um viver piedoso!

Há muitos que vivem uma vida 'piedosa' e 'justa' segundo princípios morais e religiosos, porém, está destituído da glória de Deus.
O versículo quatorze é bem esclarecedor: o nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus “... a si mesmo se deu por nós a fim de remir-nos de toda iniquidade, e purificar para si um povo todo seu, zeloso de boas obras” ( Tt 2:14 ) (grifo nosso).
A Santificação decorre da obediência de Cristo que se entregou com o objetivo de remir o pecador, adquirindo para si um povo todo seu, ou seja, santificado (separado). O que determina a santidade do povo de Deus é o fato de ser propriedade d'Ele. A igreja foi adquirida por Ele como propriedade peculiar dentre todos os povos.
Em nenhum lugar das Escrituras é apontado a santificação como ligada a elementos provenientes do ornamento da doutrina de Deus (comportamento, moral).
Quando se fala de salvação, as teses doutrinárias explicam-na da seguinte forma: o homem quando aceita a Cristo como salvador sofre uma transformação nas tendências gerais de sua natureza, que acaba por reverter o seu caráter moral. É o que denominam de regeneração. Afirmam que a humanidade possui um duplo problema como conseqüência do pecado e da queda:
  1. O homem passou a ter uma natureza corrupta expressa através de um caráter moral depreciado pelo pecado. A regeneração por sua vez reverte a maldição do pecado dando uma nova direção as tendências gerais da natureza humana;
  2. Este homem depois de regenerado permanece ainda com o problema da culpa. A culpa ou possibilidade de punição não é extinta através da regeneração, o que só pode ser resolvido através da justificação. Assim afirmam: na justificação o homem é perdoado e recebe a declaração de que cumpriu tudo que a lei exige no homem.
A parte da regeneração e da justificação ocorre à adoção, entretanto tudo se dá no mesmo momento, quando o pecador se arrepende dos pecados e dá meia volta em suas tendências pecaminosas. Afirmam que na adoção o homem é restaurado a uma posição de favor diante de Deus. Antes alienado, agora aceito, por meio da adoção.
Este modelo doutrinário aponta que na conversão ocorre regeneração, justificação, adoção e santificação posicionalou objetiva, sendo processos independentes que ocorrem ao mesmo tempo, tidos como aspecto objetivo da salvação inicial, porém, não é algo efetivo de fato. Observe o seguinte quadro e sequência numérica:
Aspectos objetivos da salvaçãoContinuação e complementação da salvação
1-Regeneração

1-Justificação

1-Adoção

1-Santificação (posicional)
2-Santificação (progressiva)
3- Santificação (fase final é contemporânea à vinda de Cristo)

Esta teoria sobre os elementos que compõe a salvação é assim disposta para comportar uma explicação sobre porque o crente ainda erra, mesmo depois de regenerado, justificado e, segundo eles, santificado ‘posicionalmente’.
Daí surgiu à ideia da santificação progressiva:
“Um ato que é instantâneo, mas que ao mesmo tempo traz em si a ideia de desenvolvimento até a consumação”Teologia Elementar - E. H. BANCROFT - Pág 262, 10ª Impressão, Ed. EBR.
Mas, o que a graça de Deus ensina? Ensina que Jesus deu-se a si mesmo para remir o homem de toda iniquidade lavando-os completamente pela palavra ( Tt 2:14 ; Jo 15:3 ), de modo que todos os que creem n'Ele são santificados "Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados, e herança entre os que são santificados pela fé em mim" ( At 26:18 ); "E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade" ( Jo 17:19 ).

postador por: Claudio F. Crispim

Nasceu em Mato Grosso do Sul, Nova Andradina, em 1973. Aos 2 anos, sua família mudou-se para São Paulo, onde vive até hoje. O pai ‘in memória’ exerceu o oficio de motorista de ônibus coletivo e a mãe comerciante, ambos evangélicos. Claudio Crispim cursou o Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública na Academia de Policia Militar do Barro Branco e, desde 2004 exerce a função de Tenente da Policia Militar do Estado de São Paulo. É casado com Jussara e é pai de dois filhos, Larissa e Vinícius. É articulista do Portal Estudo Bíblico (www.estudobiblico.org), com mais de 200 artigos publicados e distribuídos gratuitamente na web.

Os sinais dos tempos estão brotando

Clint Archer

O mundo está confuso e inquieto. Muitos esperam que a situação melhore. Como deveríamos reagir diante de tantas catástrofes e tanta violência?
O primeiro de setembro de 1939 foi um dia de outono na Europa. Também foi o primeiro dia da Segunda Guerra Mundial. Adolf Hitler invadiu a Polônia. Uma série de acordos de defesa catapultaram os Aliados – Grã-Bretanha, França, Nova Zelândia, Austrália, África do Sul, Canadá, Egito e, mais tarde, os Estados Unidos – a um implacável confronto com os países do Eixo (Alemanha, Áustria, Itália e, depois, o Japão).
Um sinal visível de que o Reino Unido estava em guerra eram as enormes pilhas de milhares de sacos de areia protegendo os edifícios mais importantes do governo. Essas barricadas deveriam barrar o fogo de artilharia do inimigo e proteger as paredes e fundamentos quando as bombas explodissem. Exércitos foram mobilizados, teatros foram fechados, a vida noturna foi suspensa por tempo indeterminado e a população da Europa esperava excitada pelo próximo passo de Hitler.
Você sabe o que aconteceu em seguida? Nada! Durante todo o mês de setembro não houve nem sinal de Hitler. Os Aliados não tiveram nada a defender. Será que Chamberlain, o primeiro-ministro inglês, tinha razão: Hitler estava sossegado, descansando apaziguado, como um dragão faminto saciado, digerindo uma presa grande demais?
E em outubro? Nada! E novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março e abril também passaram sem qualquer incidente (mesmo que os noruegueses não concordem quando digo “sem incidentes”). Comparando com o que se esperava depois da experiência horrorosa da Primeira Guerra Mundial, nada de novo estava acontecendo no Ocidente.
Na França, o ministro da Defesa recebeu plenos poderes e autoridade quase ditatorial por causa da guerra, para recrutar forças de trabalho para fins militares, mas ele abriu mão da prerrogativa. Fábricas que deveriam produzir munição continuavam fornecendo bens de consumo em grandes quantidades. Nem a gasolina nem a comida foram racionadas. As pistas de esqui foram reabertas aos turistas, os destinos de férias na Côte D’Azur e os clubes noturnos de Paris voltaram rapidamente a funcionar a todo vapor. Os soldados franceses ganharam licença para irem para casa até nova convocação. Durante grande parte do ano de 1940 era possível ver soldados no Hyde Park de Londres estirados em cadeiras de praia, tirando uma soneca e alimentando os patos. ORei Lear continuava em cartaz. O jornal The Times nada tinha a relatar sobre a guerra e voltou sua atenção ao retorno dos cucos e das andorinhas migratórias às Ilhas Britânicas.
O político britânico Alfred Duff Cooper fez uma tola declaração diante do público americano, dizendo que a Grã-Bretanha e a França teriam encontrado “um novo caminho” para fazer guerra “sem perder vidas humanas”. Naquela época, um profeta da desgraça pouco apreciado pelo público era um certo Winston Churchill, que alertava enfaticamente os aliados a não se sentirem embalados por uma falsa sensação de segurança diante de Hitler e de suas idéias expansionistas.
E então, num belo dia de maio de 1940, depois de nove meses quase sem fatos relevantes, aconteceu uma coisa muito estranha em Londres: os sacos que protegiam os prédios importantes começaram a se romper.
Veja bem: ao invés de encher os sacos com areia grossa, como ditavam as normas, eles haviam sido recheados com terra comum, bem mais barata. Nessa terra havia muitas sementes minúsculas que germinaram e, de repente, fizeram surgir muitos brotinhos verdes na superfície dos sacos das barricadas. Os brotos tinham rompido os sacos. O que significava isso para a guerra? Os brotinhos verdes sinalizavam que o verão estava se aproximando. Hitler, que conhecia a História, tinha aprendido a lição com o erro fatal de Napoleão: quando os meios são limitados, nunca comece a luta no inverno. Se Napoleão tivesse esperado até o verão, talvez hoje os russos falassem francês.
Os brotos verdes nos sacos de areia de Londres eram mensageiros anunciando que a guerra poderia começar a qualquer momento.
Realmente, o próximo comunicado da França à Downing Street 10 em Londres foi um telefonema em pânico do primeiro-ministro francês explicando que a França caíra nas mãos dos alemães. E o resto, como se sabe, é História.
A lição que fica é: quando os sacos de areia começam a brotar, fujam para os montes!
Você pode não acreditar, mas é justamente isso que Jesus disse em Lucas 21.29-31:“Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, vendo-o, sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei que está próximo o reino de Deus”.
O ponto central a que Jesus apontava com tanta ênfase era o seguinte: se somos espertos o suficiente para reconhecer que árvores brotando anunciam a chegada do verão, também deveríamos ser vigilantes em relação aos sinais que anunciam Sua chegada próxima.
Que sinais seriam esses? Lucas 21.25-26 diz: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados”. (A título de curiosidade, consulte o Google e veja o que um cometa passando perto da terra poderia significar para seu eixo. Que conseqüências globais haveria?).
Outros sinais que a Sagrada Escritura prevê são guerras e rumores de guerras, terremotos, doenças e epidemias se alastrando, além de fome e carestia (colapsos financeiros). Pelo visto, esses sinais são um pouquinho mais inquietantes do que os sinais que anunciam a chegada do verão. Por isso, muitos não vêem os sinais dos tempos como uma coisa boa ou como algo positivo, nem como as boas novas que, de fato, são. Por isso tentam impedir que os sinais se cumpram. Se pudermos acreditar no que diz o Discovery Channel, parece que os especialistas estão sempre se reunindo para tratar do buraco na camada de ozônio, do aquecimento global, do efeito El Niño, da próxima era glacial e da probabilidade de colisões com meteoros que destruiriam a terra, além das erupções solares, ataques de vírus ou panes nucleares.
Você sabe qual a reação bíblica a esses prognósticos de fim de mundo? Alegria!
Lucas 21.28 diz: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça, porque a vossa redenção se aproxima”.
Cada geração pensa que está vivendo nos tempos finais. Creio que isso é saudável. Deus permite que os mensageiros proféticos nos arranquem de nosso comodismo. Fiquemos atentos, vivendo como quem realmente acredita que Jesus está para voltar.
Se vivêssemos em um mundo utópico, um mundo perfeito, que dominou a criminalidade, que acabou com os terremotos, descobriu a cura de todas as doenças, conquistou os oceanos, colocou uma redoma protetora ao redor do planeta e conseguiu a plena paz entre os povos... aí, sim, entenderíamos quando as pessoas duvidam das palavras de Jesus. Mas, queridos amigos, quando nosso mundo apresenta sinais de que seu prazo de validade está vencendo, nós, cristãos, deveríamos nos sentir encorajados. Os sinais dos tempos que já temos visto se cumprindo provam que as previsões bíblicas são confiáveis.
Os tempos não são de letargia ou negligência. Não é hora de se recostar na cadeira de praia e alimentar os patos. É tempo de ficar de prontidão.
Amém! Vem, Senhor Jesus!

(Clint Archer - Chamada.com.br)