terça-feira, 31 de janeiro de 2017

PECADO DEIXAR DE PARTICIPAR DA CEIA - ALEXANDRE LUSTOSA


LIDANDO COMO O ESTRESSE

                                                                                                por 


“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e o mais ele fará” (Sl 37:5).

O estresse nada mais é do que a nossa dificuldade de reagir às circunstâncias difíceis da vida de forma apropriada. Mesmo a pessoa mais equilibrada pode estar sujeita a isso, se for colocada sob pressão. Da mesma maneira como um músculo estendido por muito tempo pode ser lesado, também nossa mente pode ficar abalada pela adversidade, chegando até mesmo a influenciar o próprio organismo, produzindo pressão alta, tensão muscular, dor de cabeça, irritabilidade e, às vezes, depressão.
Problemas conjugais, reveses na vida profissional, excessiva cobrança da sociedade, dificuldades financeiras, ansiedade diante do futuro incerto, tudo isso são fontes de estresse. Às vezes, isso pode ser resolvido por um tempo de descanso, afastando-se dessas fontes. Mas o que fazer quando temos que conviver com elas?
A resposta pode parecer simplista, mas é verdadeira e poderosa: “Entrega o teu caminho ao Senhor”. Ore a Deus, abrindo o seu coração. “Deus, esta situação é mais do que eu posso suportar. Eu a entrego a ti. Como a criança pequena que não sabe como amarrar o cordão do seu tênis e pede ajuda ao pai, eu também trago este problema e o coloco em tuas mãos. Eu sei que tu és sábio e tens todo poder. Não vou mais me preocupar com ele, pois sei que tu hás de resolvê-lo da melhor maneira. Eu confio em ti. A tua palavra é verdadeira. Tu não és homem para que minta. A tua promessa é fiel.”
Entregar o nosso caminho ao Senhor é um ato de fé fruto da plena confiança na promessa de Deus. Devemos lembrar que sem fé é impossível agradar a Deus. Nesse ato de entrega estamos reconhecendo que Deus é real e está pronto a trabalhar por aqueles que nele esperam. O que não podemos fazer, Deus faz por nós. Agindo Deus, quem impedirá? Haverá coisa demasiadamente difícil para ele? De maneira alguma! Para Deus não há impossíveis em todas as suas promessas! 

domingo, 29 de janeiro de 2017

CRER PARA SER REGENERADO, OU SER REGENERADO PARA CRER?

A mensagem anunciada é para os que necessitam de salvação: “Aquele que invocar será salvo” ( Jl 2:32 ). A mensagem tem por alvo os famintos e sedentos “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai” ( Is 55:1 ). Cristo pregou as boas-novas aos pobres, tristes, escravos e presos “O espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar as boas-novas aos pobres” ( Is 61:1 -2).

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá" ( Jo 11:25 )

A Ressurreição e a Vida

O pecador necessita ser regenerado para crer ou necessita crer para ser regenerado?

Está é uma pergunta que ecoa ao longo dos séculos, e ainda é possível ouvi-la reverberando em nossos dias! Qual a resposta correta? Como responder a pergunta?

Jesus foi categórico ao afirmar: “Eu sou a ressurreição e a vida” ( Jo 11:25 ) O que isto quer dizer?

O Senhor Jesus não definiu e nem teorizou sobre o que é a ressurreição e o que é a vida, porém, através do pronome pessoal na primeira pessoa do singular “Eu”, e do verbo ‘ser’ no presente do indicativo ‘sou’, ele demonstra ser a própria personificação da ressurreição e da vida.

Como Cristo é a ressurreição e é a vida, todos quantos querem ressurgir e viver necessitam tornarem-se um com Ele. Ele é de per si a ressurreição e a vida, e somente quando o homem torna-se participante da sua carne e do seu sangue, ressurge e vive por intermédio d’Ele.

Como? Quem come a carne e bebe o sangue de Cristo permanece em Cristo e Cristo nele ( Jo 6:56 ). A carne e o sangue de Cristo é comida e bebida, respectivamente ( Jo 6:55 ). Quem come e bebe da carne e do sangue torna-se participante de Cristo. É possuidor da vida eterna e será ressuscitado no último dia ( Jo 6:53 ; Jo 6:47 ).

A ressurreição e a vida são próprias à natureza de Cristo, e todos que querem ressurgir e viver tem que tornarem-se participantes da natureza de Cristo ( Jo 1:16 ; Cl 1:10 ). Neste sentido Jesus orou ao Pai: “Eu lhes dei a glória que tu me deste, para que sejam um, como nós somos um: Eu neles, e tu em mim, para que sejam perfeitos em unidade...” ( Jo 17:22 -23).

Neste sentido disse o apóstolo Pedro: “Desse modo ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina...” ( 2Pe 1:4 ).

Jesus é enfático: “Quem come a minha carne, e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” ( Jo 6:56 ). Através deste anuncio o Senhor Jesus estabelece o seu mandamento, visto que, aquele que guarda o seu mandamento permanece em Deus, e Deus nele “E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus nele” ( 1Jo 3:6 e 23-24).

Jesus é a personificação da ressurreição e da vida, e todos que queiram ressurgir e viver necessita conhecê-lo. Não é somente ter ciência, saber acerca do Messias, antes é necessário ter comunhão íntima. Assim como o marido ‘conhece’ a esposa, tornando-se dois numa só carne "Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, e se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne" ( Ef 5:31 ), é necessário ao homem ‘conhecer’ a Cristo, ou antes, ser conhecido d’Ele ( Gl 4:9 ).

Sobre este assunto o apóstolo Paulo disse haver um grande mistério "Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja" ( Ef 5:32 ), porque “... nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão" ( 1Co 10:17 ).



Fé e Crer

Para continuar analisando a declaração do Senhor Jesus faz-se necessário estabelecer o que é fé, e o que é crer.

Somos informados pelo apóstolo Paulo que o evangelho de Cristo é poder para salvação de todo que crer ( Rm 1:16 ), e que através do evangelho se descobre a justiça de Deus, que é de fé em fé.

Por que de fé em fé? O apóstolo dos gentios ainda indica que é de fé em fé conforme a citação que ele faz do profeta Habacuque. A profecia: “O justo viverá da fé”, é uma especificação de que a justiça de Deus é de fé em fé, e por isso, o apóstolo citou expressamente o profeta Habacuque "Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá" ( Hc 2:4 ).

Como compreender o que é de ‘fé em fé’, se as interpretações que encontramos da passagem ‘o justo viverá da fé’ são duvidosas?

Para compreendermos, necessitamos analisar o que Moisés ensinou "E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem" ( Dt 8:3 ).

Muitos entendem que ‘viver da fé’ é confiar que Deus há de sustentá-lo através da contribuição dos irmãos. Seria esta a interpretação acertada? Não! Moisés demonstra que Deus deixou o povo ter fome e que depois os alimentou com maná para ensinar-lhes uma lição: que o homem não viverá de pão, ou seja, que o reino de Deus não consiste em comida e bebida ( Rm 14:17 )!

Se alguém quer beber e comer, que vá trabalhar ( 2Ts 3:10 ), pois Deus determinou que o homem COMERÁ do suor do seu rosto "No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás" ( Gn 3:19 ). O homem não viverá do suor do seu rosto, antes comerá do suor.

‘Viver da fé’ não é o mesmo que comer à custa dos irmãos, visto que o apóstolo Paulo demonstrou que se deve trabalhar dia e noite para não ser pesado ao irmão ( 1Ts 2:9 ; 2Ts 3:8 ).

E como viverá o homem? De tudo que sai da boca do Senhor viverá o homem! E o que é proveniente da boca do Senhor? A sua palavra!

Temos através do ensinamento do profeta Moisés que o homem viverá através da palavra de Deus, ou seja, todo aquele que ouve a palavra de Deus e confia, alcança vida tornando-se justo, onde se conclui que o ‘justo viverá da fé’, a fé que uma vez foi dada aos santos ( Jd 1:3 ).

O verbo viverá no futuro demonstra que o homem está morto, e que necessita da palavra de Deus para ter vida (viverá). Com relação a este mundo o homem comerá do suor do seu rosto, com relação a vida eterna, o homem viverá por intermédio da palavra de Deus.

Habacuque anunciou a mesma mensagem que Moisés: o justo viverá pela palavra de Deus (fé), demonstrando também que é indissociável a condição de justo do novo ser que vem a existência.

“... mas o justo pela sua fé viverá" ( Hc 2:4 );
“... mas de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem" ( Dt 8:3 ).
Surge a indagação: é justo porque viverá da fé, ou viverá da fé porque é justo? Por meio da fé o homem vive e é justo. Sem conhecer Cristo, a vida concedida aos homens, não há como ser justo ( Jo 1:4 ). Como ser justo sem ser participante da vida? É impossível! Aquele que tem a vida, ou seja, que vive pela palavra de Deus, também é justo "Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida" ( Rm 5:18 ).

Após compreender que em muitas passagens bíblicas ‘fé’ é o mesmo que ‘a palavra de Deus’, ou o mesmo que o ‘Verbo encarnado’, temos os elementos necessário para compreender o que significa ‘justiça de Deus de fé em fé’ "Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar" ( Gl 3:23 ).

A fé é Cristo que se manifestou e todos quantos tem a Cristo (fé) e creem (fé) n’Ele são justificados.

Judas disse: “... senti a necessidade de vós escrever, exortando-vos a batalhar pela fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos” ( Jd 1:3 ). Quando o apóstolo Paulo escreveu que os cristãos eram salvos pela graça, por meio da fé, a palavra ‘fé’ designa a mensagem do evangelho “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” ( Ef 2:8 -9). Pela graça de Deus os cristãos são salvos mediante a verdade do evangelho (fé) que foi entregue (manifesto) aos santos, ou seja, a fé (evangelho) não vem dos homens, antes é dom de Deus.

A ‘fé’ é o mesmo que ‘evangelho’, visto que o apóstolo Paulo demonstra que a fé não vem das obras, demonstrando que ‘obras’ são proveniente dos homens, e a ‘fé’ manifesta por Deus.

Quando falava com a samaritana, Jesus argumentou: “Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva” ( Jo 4:10 ). Qual o dom de Deus? A sua palavra encarnada concedida aos homens: Jesus. Para conhecer o dom de Deus é necessário conhecer aquele que pediu: “Dá-me de beber”.

O evangelho também é nomeado de graça, salvação, fé, boas novas, esperança, poder de Deus, pregação, pão, vida, água, justiça, escândalo, espada, etc. Para saber quando estas palavras fazem referência ao evangelho, faz-se necessário analisar o contexto no qual foi empregada.

Se ‘fé’ é o mesmo que ‘evangelho’, o que é crer? Crer é descansar na esperança proposta "Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta" ( Hb 6:18 ).

Analisando o verso, temos que, ‘pomos o nosso refúgio’ é o mesmo que crer, descansar, confiar. Mas, em que os cristãos crêem, descansam, confiam? Na ‘esperança proposta’, ou seja, no evangelho de Cristo.

Deste modo, temos que: "... a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" ( Rm 10:17 ). O que o apóstolo concluiu? Que crer em Deus só é possível quando se ouve a palavra de Deus, ou seja, de fé (evangelho) em fé (crer) ( Ex 19:9 compare com Ex 20:19 ).



O que vem primeiro?

O homem crê para ser regenerado, ou é regenerado para crer?

Há uma preocupação em definir qual a ordem correta dos eventos para a salvação, mas não há uma preocupação em analisar a palavra de Deus. Analisam o que disseram acerca da palavra de Deus, mas não estudam diretamente a palavra de Deus.

Para a salvação é necessário alguns fatores:

O salvador;
A mensagem do salvador
Que o homem ouça o que é anunciado;
Que descanse naquilo que foi anunciado, e por fim;
O agir de Deus.
O que ocorre primeiro? O apóstolo Paulo apresenta a ordem correta: “Porque todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas. Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: SENHOR, quem creu na nossa pregação? De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” ( Rm 10:13 -17).

Deus se apresenta como o Salvador: “Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador” ( Is 43:11 ). Com relação à salvação, o Salvador tudo executou: “Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR; eu sou Deus” ( Is 43:12 ).

Com base na mensagem anunciada por Joel, o apóstolo Paulo demonstra como alcançar salvação: invocando o nome do Senhor.

Mas, para invocar é necessário crer, e para crer é necessário ouvir, e para ouvir é necessário que alguém seja enviado, e que este alguém enviado esteja de posse de uma mensagem, e que a mensagem seja proveniente do Redentor.

Para que a humanidade fosse salva, a promessa de Deus efetivou-se antes mesmo dos tempos que se medem em séculos, ou seja, na eternidade a fé que um dia haveria de se manifestar já era a promessa de Deus "Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos" ( Tt 1:2 ).

Cristo é a palavra eterna, o Verbo eterno, o autor da fé, ou seja, a fé é antes de todas as coisas. Cristo é o Verbo de Deus encarnado, ou seja, ele é a fé que haveria de se manifestar, porém, Ele é antes de todas as coisas ( Cl 1:17 ). Ou seja, a fé é antes do crer. Como o Autor da fé (evangelho) é antes de todas as coisas, o crer só é possível após a obra que o Autor Eterno realizou: a fé.

Acreditar na existência de Deus não promove a salvação, antes a salvação é proveniente da promessa de Deus. É da promessa que advém a salvação, e é na promessa de salvação que o homem deve crer. Para ser salvo o homem necessita crer na mensagem do evangelho, ou seja, a ‘fé’ que havia de se manifestar ( Gl 3:23 ). A ‘fé’ (esperança proposta) é a ancora da alma, segura e firme, que penetra além do véu para todos que nela se refugiam ( Hb 6:18 -19).

O apóstolo Paulo cita Isaias ‘Quem deu crédito a nossa pregação?’ ( Is 53:1 ), para demonstrar que a ‘fé’ é a mensagem do evangelho. Como as pessoas não têm ‘obedecido’ (ouvido, crido) ao evangelho, como se lê em Isaias, conclui-se que a fé (evangelho=boas novas=pregação) é pelo ouvir, e o ouvir (dar crédito=invocar=crer=fé=descasar) pela palavra de Deus “Mas nem todos têm obedecido ao evangelho; pois Isaías diz: SENHOR, quem creu na nossa pregação? De sor



te que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” ( Rm 10:16 -17).

Deus anunciou salvação e salvou, ou seja, cumpriu a sua palavra “Eu anunciei, e eu salvei, e eu o fiz ouvir, e deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR; eu sou Deus” ( Is 43:12 ). Como é fiel aquele que anunciou salvação e salva, ele tem a virtude necessária (fidelidade) para que os homens lhe dêem credito (eu o fiz ouvir). De sorte que, o ouvir (dar crédito) é pela palavra de Deus, que é fiel e verdadeira.

Deus falou outrora de muitas vezes, e de muitas maneiras, e por último falou aos homens através do Filho, o Verbo encarnado ( Hb 1:1 ). A fé foi anunciada concitando os homens a ouvir, beber, comer, invocar, dar crédito, buscar, etc., porém, não deram crédito e rejeitaram os profetas, mas, por último, Deus enviou o seu Filho "E, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho" ( Mt 21:37 ).

Desde então, Deus tem enviado os seus servos ao mundo rogando que se reconciliem com Deus "De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus" ( 2Co 5:20 ).

Ora, se Deus roga através dos seus embaixadores, isto significa que Ele não impõe, ou determina quem será salvo, antes Ele espera que confiem em sua promessa. É impossível invocar, confiar, se não crer, mas como crer se não ouvirem? Resta que Deus, o salvador, anunciou salvação aos homens, e aqueles que dão crédito (ouvem), Ele salva.

Neste sentido, temos que, a fé é antes da salvação, pois ela (fé) foi manifesta para este objetivo: redenção. Mas, antes da salvação, é necessário que invoquem o Autor da fé, o que só foi possível (invocar) porque creu que Deus é poderoso para salvar,

O Autor da fé, Cristo, o Verbo eterno;
A fé (evangelho) é manifesta e anunciada;
Quem ouve e descansa (confia) naquele que se manifestou;
É salvo por Deus.
Quando lemos as Escrituras nos depararemos com passagens que apresentam a obra de Deus, como é o caso de Isaias 43, verso 12. Em outras passagens e apontado somente a necessidade do homem, que necessita invocar aquele que salva, como é o caso de Joel 2, verso 32.

A fé (evangelho anunciado) é o que promove a fé (crer), pois qualquer crença divorciada do evangelho, não salva. Há muitos que acreditam em milagres, outros que acreditam em Deus, e aqueles que querem acreditar em algo, mas nenhuma destas crendices pode salvar, pois não derivam do poder de Deus (evangelho) ( Rm 1:16 ).



Ainda que esteja morto

Após anunciar quem Ele é: "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida” ( Jo 11:25 ), o Senhor Jesus apresenta uma oportunidade de salvação: “Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá" ( Jo 11:25 ). Esta não foi a única vez que Cristo anunciou a necessidade de se crer n’Ele. Observe:

"Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas" (Jo 12:46 );
"Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre" ( Jo 7:38 );
"E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede" ( Jo 6:35 );
"Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna" ( Jo 6:47 );
"E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?" ( Jo 11:26 ).
"E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo” ( Jo 2:32 ).
Quem crer que Cristo é a ressurreição, a vida, a luz, o pão da vida, a água viva, o Verbo encarnado, o Senhor, ou seja, conforme as Escrituras, será salvo. Quem crê é salvo!

A mensagem anunciada é para os que necessitam de salvação: “Aquele que invocar será salvo” ( Jl 2:32 ). A mensagem tem por alvo os famintos e sedentos “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai” ( Is 55:1 ). Cristo pregou as boas-novas aos pobres, tristes, escravos e presos “O espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar as boas-novas aos pobres” ( Is 61:1 -2).

Ora, a mensagem do evangelho tem por alvo os mortos, pois são eles que precisam de vida ( Jo 11:25 ). Quem precisa ouvir, ou quem necessita de vida são os mortos, e não os vivos!

Muitos divulgam que só é possível crer aqueles que são regenerados, porém, este argumento contradiz a mensagem de Cristo que diz: ainda que esteja morto, viverá!

Jesus veio ao mundo por causa dos que jazem em trevas. Ou seja, se alguém que está em trevas (não regenerado) crer em Cristo, passa da morte para a vida (regeneração).

Quem não possui um rio de água viva no seu ventre, ou seja, que não é regenerado, se crer na mensagem anunciada, rios de água viva correrão do seu ventre. Os regenerados não têm sede, pois qualquer que bebe da água, nunca mais terá sede.

Dizer que, para crer, antes é necessário ser regenerado, contraria o que Cristo diz: “... mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede” ( Jo 4:14 ). Quando da regeneração o Senhor faz no homem uma fonte que jorra para a vida eterna, e nunca mais terá sede, ou seja, a regeneração não pode anteceder a sede de água viva.

Os famintos, os sedentos precisam ouvir para comer. Sem inclinar o ouvido (crer) é impossível vir a Cristo. Sem ouvir (dar crédito) é impossível a alma viver! ( Is 55:3 ). Qual o propósito de oferecer alimento depois que a fome ja foi saciada? Não dá para aceitar o argumento de que Deus primeiro concede vida, para depois oferecer vida. O homem que já recebeu o benefício da comida e da bebida necessita comer e beber novamente?

Os mortos podem ouvir! Os mortos podem ver, pois é isto que as escrituras diz, ou seja, que resplandceu a luz aos que habitavam na região da sombra da morte "O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz" ( Is 9:2 ). Somente após lhes resplandecer a luz do evangelho é que foram transportados para o reino do Filho do amor de Deus ( Cl 1:13 ).

A carne e o sangue de Cristo são para regeneração, e não a regeneração para ser participante da carne e sangue. O convite de Cristo é para que o homem pegue a sua cruz e siga-o, ou seja, os que vivem no pecado precisam tomar a cruz e seguirem após Cristo, quando será crucificado, morto, sepultado e ressurgirá com Cristo "E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim" ( Mt 10:38 ).

Se a regeneração antecedesse o crer, somente os regenerados seriam capazes de tomar a cruz. Qual o objetivo de alguém que já vive para Deus tomar novamente a cruz? Aquele que morreu, de uma vez morreu para o pecado e passou a viver para Deus, não precisando mais morrer ( Rm 6:10 ).

Jesus se identificou como a luz que veio ao mundo, e todo que n’Ele crê, não permanece nas trevas, ou seja, aquele que creu estava em trevas, mas após crer, não permaneceu nas trevas "Eu sou a luz que vim ao mundo, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas" (Jo 12:46 ).

Quem ainda não possui um rio de água viva, basta somente crer, que será feito uma fonte que jorra pra a vida eterna "Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre" ( Jo 7:38 );

Os pobres (carentes) de Deus, os famintos e sedentos (de justiça) que inclinarem os ouvidos nunca terão fome e sede "E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede" ( Jo 6:35 ; Is 55:3 ). Para vir ao pão e a água basta inclinar o ouvido, ou seja, dar crédito a palavra de Deus.

Quem crê em Cristo possui a vida eterna, ou seja, quem possui a vida eterna não adquiriu uma capacidade de crer em Cristo, antes crê e nunca morrerá "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna" ( Jo 6:47 ); "E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?" ( Jo 11:26 ).

O apóstolo Pedro anunciou aos cristãos da dispersão que pela ressurreição de Cristo dentre os mortos Deus os gerou de novo (regeneração) ( 1Pe 1:3 ). Mas, como foram regenerados?

Através do precioso sangue de Cristo, cordeiro conhecido antes da fundação do mundo e manifesto nos últimos tempos ( 1Pe 1:19 -20);
Através do cordeiro manifesto (que é fé e esperança) os cristãos creram em Deus, pois Deus O ressuscitou dentre os mortos ( 1Pe 1:21 );
Quando creram na fé e esperança (obediência a verdade) que está em Deus, os cristãos foram regenerados. Foram regenerados de semente incorruptível, a palavra de Deus ( 1Pe 1:22 ).
Os regenerados são filhos de Deus, mas aqueles que não são filhos de Deus e que recebem a Cristo, crendo em seu nome, lhe é concedido por Deus poder para serem feitos (regenerados) filhos ( Jo 1:12 ).

Os filhos não têm fome e sede de justiça (necessidade de pão e água, pois nunca mais tem sede e fome), como é o caso dos filhos da ira e da desobediência. Agora, em Cristo, os cristãos necessitam do leite racional e de alimento sólido. O evangelho é pão e água que concede vida aos que estão mortos, mas aos que alcançaram vida é ministrado o leite racional para que cresçam, e os perfeitos, alimento sólido "Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo" ( 1Pe 2:2 ); "Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal" ( Hb 5:14 ).

Quando fazem a ‘regeneração’ preceder o ‘crer’, é porque desconhecem que ‘fé’ é diferente de ‘crer’. A ‘fé’ (verdade do evangelho) precede o ‘crer’, que por sua vez, antecede o novo nascimento. A regeneração jamais precede a fé, pois a fé é a semente incorruptível, a qual vive e é permanente ( 1Pe 1:23 ).

Cristo é as boas-novas de salvação, o Verbo encarnado, a palavra de Deus, a semente incorruptível, aquele que vive e permanece para sempre. Ele é antes de todas as coisas.

É a fé que uma vez foi dada aos santos ( Jd 1:3 ), a fé que havia de se manifestar ( Gl 3:23 ), ou antes, a esperança proposta que conduz o homem a descansar ( Hb 6:18 ). O que é proposto? Tomai e aprendei, e encontrareis descanso "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas" ( Mt 11:29 ).

Na promessa há um juramento, e como ele é fiel e não mente (duas coisas imutáveis), o homem é firmemente consolado e refugia-se naquele que prometeu.

Crer não é capacidade, antes é relação interpessoal. Quando Deus estende as mãos para salvar, e o homem confia, uma relação se estabelece. Quando o faminto e sedento encontra aquele que oferece pão e água que é para a vida eterna, e aceita, viverá para sempre. Aceitar e comer não podem ser confundidos com obras ou participação humana na salvação, etc.

Assim como no deserto os picados pelas serpentes necessitavam olhar para a serpente de metal para viverem, os homens precisam olhar para Cristo. Em olhar não há obra ou participação do homem na salvação, antes é resultado da confiança na palavra que diz: "E disse o SENHOR a Moisés: Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela" ( Nm 21:8 ).

Os picados pela serpente estavam mortos, mas aquele que olhasse, viveria. Quando Deus concita aos homens que olhem, que creiam, que invoquem, que comam, que beba, etc., nada mais é que um convite aos mortos para que vivam "Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro" ( Is 45:22 ).

Quem precisa olhar? Quem precisa de salvação? Os mortos, os não regenerados!

É um erro afirmar que a regeneração precede a fé, pois a fé é antes de todas as coisas, e aos homens foi manifesto para salvação ( 1Jo 1:2 ; Ef 3:5 ; Gl 3:23 ; Is 53:1 -2).

A mensagem de Deus aos mortos picados pela serpente demonstra que todos eles estavam aptos a atenderem a mensagem que diz: “e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela" ( Nm 21:8 ), da mesma forma, todos os homens estão aptos a atenderem o chamado que diz: "Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro" ( Is 45:22 ).

A regeneração não é o que capacita o homem crer. Mortos e vivos precisam confiar em Deus, pois Adão vivia e não confiou em Deus. Se a regeneração é o que capacita o homem crer, segue-se que jamais Adão e Eva poderiam rejeitar a palavra de Deus.

Se Adão depois que pecou estava impossibilitado de crer, segue-se que antes de pecar teria de estar impossibilitado de rejeitar a palavra de Deus.

Crer em Cristo não advém de uma capacitação, antes decorre do homem considerar a palavra de Deus. Deus disse a Adão: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" ( Gn 2:17 ), para que ele preservasse a vida que possuía, mas preferiu ouvir a palavra de uma serpente.

O povo de Israel foi resgatado do Egito com mão forte, e Deus queria falar-lhes para que confiassem n’Ele. Mas, o povo quando foi provado, não consideram o cuidado do Senhor, e proibiram que Deus lhes falasse: morreram todos no deserto ( Ex 20:19 ).

Ou seja, crer é proveniente da palavra de Deus. Basta aos que crêem considerarem em seu coração tudo que já tem ouvido, para que jamais se desviem assim como fez Adão. Basta aos homens que estão mortos em delitos e pecado considerarem o que lhes é ofertado, para que sejam participantes da promessa.

A quem o profeta anuncia a palavra do Senhor? Aos mortos para que tenham vida, conforme se lê: "Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR" ( Ez 37:4 ). Toda a casa de Israel estava como os ossos secos: sem esperança. Mas, bastava ouvirem (dar credito) a palavra do Senhor para que Deus realiza-se a sua obra.


postador por: Claudio F. Crispim
Nasceu em Mato Grosso do Sul, Nova Andradina, em 1973. Aos 2 anos, sua família mudou-se para São Paulo, onde vive até hoje. O pai ‘in memória’ exerceu o oficio de motorista de ônibus coletivo e a mãe comerciante, ambos evangélicos. Claudio Crispim cursou o Bacharelado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública na Academia de Policia Militar do Barro Branco e, desde 2004 exerce a função de Tenente da Policia Militar do Estado de São Paulo. É casado com Jussara e é pai de dois filhos, Larissa e Vinícius. É articulista do Portal Estudo Bíblico (www.estudobiblico.org), com mais de 200 artigos publicados e distribuídos gratuitamente na web.

http://www.estudobiblico.org/pt/detalhe/ver/crer-para-ser-regenerado-ou-ser-regenerado-para-crer-83

SE TUDO PODE SER ESCÂNDALO PARA ALGUÉM, DEVO VIVER EM UMA CAVERNA? - AUGUSTUS NICODEMUS


sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

O PODER DO AUTOCONHECIMENTO

"Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu" (Rm 12:3). 

Atualmente, o conceito do autoconhecimento tem sido explorado numa perspectiva da auto-suficiência humana e até mesmo de sua suposta divindade interior. Livros e palestras de auto-ajuda têm enfatizado a importância de cultivarmos uma auto-imagem positiva de nós mesmos, não permitindo que pensamentos auto-limitadores cerceiem nossos sonhos pessoais. 
O autoconhecimento, na perspectiva bíblica, é diferente. Precisamos ter uma visão realista de quem nós somos. Nem para mais, nem para menos, mas uma exata percepção da nossa identidade e nossa condição. O conceito que temos de nós mesmos define nossos valores, atitudes, comportamentos, prioridades e escolhas. Quando pensamos ser mais do que realmente somos, caminhamos numa estrada ilusória. Olhar no espelho com honestidade por ser doloroso e difícil. Da mesma forma como alguém sente-se magro, mas quando vai para a balança vê a crua realidade de sua obesidade, nós também precisamos reconhecer os fatos. 
Para cultivamos um autoconceito sadio, nada pode substituir um relacionamento autêntico com Deus. Quando contemplamos a glória de Deus, nos encontramos conosco mesmos. O profeta Isaías viu a glória de Deus (Is 6) e descobriu a sua própria condição de pecado. Ver a glória de Deus é um choque de realidade. O que estava oculto é revelado. As aparências dão lugar aos fatos. Então, estamos prontos a reconhecer onde estamos e para onde devemos ir, em nosso crescimento espiritual. 
Deus mesmo concede uma medida de fé para caminharmos de forma equilibrada. De fato, é preciso fé para destruir os ídolos de auto-imagens distorcidas e aceitar humildade aquilo que realmente somos diante de Deus. Somente assim estamos prontos a reconhecer nossos erros e buscar nosso aperfeiçoamento. Quando exercitamos a fé que Deus nos deu, não ficamos tão preocupados conosco mesmos, mas com a vontade de Deus, que é boa, perfeita e agradável. Assim, prosseguimos obedecendo a Deus e usando todos os nossos dons e habilidades para a sua glória e para o bem das pessoas. 

QUAIS OS PRINCIPAIS MOTIVOS PARA SE CONGREGAR? - AUGUSTUS NICODEMUS


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O que significa "Blasfemar contra o Espirito Santo não tem perdão "?

A questão da “blasfêmia contra o Espírito” no Novo Testamento é mencionada em Marcos 3:22-30 e Mateus 12:22-32. O termo blasfêmia pode ser geralmente definido como “irreverência desafiante”. Aplicaríamos o termo a pecados como amaldiçoar a Deus, ou, propositadamente, degradar coisas relativas a Deus. Também o é atribuir mal a Deus, ou negar atribuir-lhe algum bem devido. Este caso de blasfêmia, entretanto, é específico, chamado de “A Blasfêmia contra o Espírito Santo” em Mateus 12:31. Em Mateus 12:31-32, os Fariseus, tendo testemunhado provas irrefutáveis que Jesus fazia milagres no poder do Espírito Santo, afirmaram que, ao contrário, o Senhor estava possuído pelo demônio “Belzebu” (Mateus 12:24). Note que em Marcos 3:30 Jesus é muito específico a respeito do que exatamente eles fizeram para cometer a “blasfêmia contra o Espírito Santo”.

Esta blasfêmia tem a ver com alguém acusando Jesus Cristo de ser possuído por demônios ao invés de estar cheio do Espírito. Há outras maneiras de blasfemar contra o Espírito Santo, mas esta foi “A” blasfêmia imperdoável. Como resultado, a blasfêmia contra o Espírito Santo não pode acontecer hoje. Jesus Cristo não está sobre a terra, mas assentado ao lado direito de Deus. Ninguém pode testemunhar que Jesus Cristo esteja fazendo um milagre e atribuir este poder a Satanás ao invés do Espírito. Apesar de não haver blasfêmia do Espírito hoje, devemos sempre lembrar que há um estado de existência imperdoável: o estado de incredulidade. Não há perdão para alguém que morre em incredulidade. A contínua rejeição às exortações a crer em Jesus Cristo é a blasfêmia imperdoável. Lembre-se do que foi dito em João 3:16: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. A única condição na qual alguém não pode ter perdão é se esse alguém não estiver entre “todo aquele que nele crê”.

Para esclarecer,blasfemar contra o Espirito Santo é rejeitar os convites que ele faz a todos os homens,não acredito que algum homem nessa terra fique fora de seus doces convites. Blasfemar contra o Espirito Santo é um dia ter sido iluminado pela Graça,ser limpo,lavado e depois voltar a imundície,se morrer nesse estado não haverá perdão. Hb 4-6.

Alguns acham que blasfemar contra o Espirito Santo é duvidar da ação dele na igreja ou na vida de alguém,na verdade isso não tem base bíblica,Paulo disse que podíamos julgar a profecia mas não o profeta,ou seja todo homem pode questionar uma atitude,desde que respeite o autor.

Uma certa ocasião fiquei estupefato com uma situação que enfrentei em um velório,um jovem de uns 28 anos aproximadamente revoltado com a morte do ente-querido virou-se para Deus e começou a descarregar uma serie de ofensas em alta voz,as coisas mais pesadas que alguém possa imaginar. Será que isso é blasfemar e não ter direito a perdão ? Não. Isso è apenas mais um pecado da fraqueza humana que todos nos de igual modo fomos resgatados. Paulo era um assassino de cristãos.Ele não foi perdoado ?E eu ? E você ?

Pra finalizar e deixar bem claro,blasfemar contra o Espirito Santo é viver fora da graça mesmo depois de ter sido alcançado por ela.Blasfemar contra o Espirito é morrer fora da vontade do Eterno.Hb 10:26,28. É morrer afastado ou viver toda a sua vida rejeitando o doce chamado da Graça.

Com amor 

Fabricio Valladares.


O DIABO PODE LER NOSSOS PENSAMENTOS? - JONAS FERREIRA


terça-feira, 24 de janeiro de 2017

QUAL O PROBLEMA COM A PORNOGRAFIA? - PEDRO DULCI


Os cristãos devem obedecer às leis da terra?

(por Marcio)

"Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas. De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos condenação. Porque os magistrados não são para temor, quando se faz o bem, e sim quando se faz o mal. Queres tu não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela, visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal. É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas também por dever de consciência. Por esse motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço. Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra” (Romanos 13:1-7)

Essa passagem traz às nossas consciências idéias duras, contudo, bastante claras!

Independente de nossas opiniões sobre as autoridades que nos regem, sejam elas aos nossos olhos justas ou injustas, nós devemos obedecer ao governo que Deus põe sobre nós.

Deus criou o governo para estabelecer a ordem, punir o mal e promover a justiça (Gênesis 9:6; 1 Coríntios 14:33; Romanos 12:8). Nós devemos obedecer ao governo em tudo – pagando impostos, seguindo as regras, demonstrando respeito, etc. Se nós não o fazemos, nós estamos no fim das contas demonstrando desrespeito contra Deus, pois Ele é Aquele que pôs o governo sobre nós. Além do mais, esta foi uma maneira que Deus encontrou para nos proteger dos nossos próprios erros. Por exemplo: Você deve conhecer ou já ouviu falar de alguém que durante muito tempo sonegou impostos... até o momento que foi descoberto. Resultado disto tudo? Contas bancárias bloqueadas, confisco dos bens, além de perseguição, uma constante falta de sossego, mentiras e etc. Outro caso muito comum, podemos ver diariamente nas notícias. Pessoas que decidem viver de vendas de materias ilícitos: Cd's, dvd's, roupas... tudo "pirata". Quantas e quantas vezes são vistos correndo desesperadamente, perdendo tudo e levados para a delegacia? Alguém pode pensar assim: Mas eles estão trabalhando! É verdade. Mas também estão roubando os direitos autorais de outrem e desobedecendo claramente a Lei de Deus, além do que, este tipo de comércio é um dos agentes financiadores do tráfico de armas e também de drogas.
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Contudo, é importante ter em mente que não é verdade que Deus sempre aprova a conduta dos nossos governantes; e também não é verdade que o cristão deve sempre se submeter a eles, já que muitas e muitas vezes, principalmente nesses tempos de tantas injustiças e maldades, as autoridades andam na contra-mão das leis de Deus e também das suas próprias leis, usando do seu "poder" para extorquir, intimidar e enganar muitos daqueles dos quais exercem este poder. Em tais circunstâncias o cristão deve sempre ter em mente que deve "obedecer a Deus em primeiríssimo lugar, depois os homens"

Quando o apóstolo Paulo escreveu Romanos 13:1-7, ele estava sob o governo de Roma, durante o reinado de Nero, talvez o mais maligno de todos os imperadores romanos. Paulo mesmo assim reconhecia a autoridade do governo sobre ele. Por isso, como nós hoje podemos fazer menos do que ele?

A outra questão é: “Há alguma outra ocasião em que não devemos obedecer às leis da terra?” A resposta para essa pergunta pode ser encontrada em Atos 5:27-29, “Trouxeram-nos, apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os, dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens”. Disto, mais uma vez, podemos agora entender com clareza que enquanto as leis da terra não se chocam com as Leis de Deus, nós devemos obedecê-las. Assim que a lei da terra contradiz o mandamento de Deus, devemos violar - SIM - as leis da terra e obedecer à Lei de Deus. No entanto, mesmo neste caso, devemos aceitar a autoridade do governo sobre nós. Isto foi demonstrado no momento em que Pedro e João não protestaram por terem sido açoitados, e sim terem se regozijado ao sofrer por obedecer a Deus.

Haverá ainda num futuro não muito distante, uma ocasião única da história deste mundo, onde os filhos fiéis do Senhor deverão se opor com convicção e firmeza contra as leis humanas; um decreto que violará o direito inquestionável de obedecer aos Mandamentos de Deus. 

REFLEXÃO: "E concordaram com ele. E, chamando os apóstolos, e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus, e os deixaram ir. Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus. E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo" (Atos 5:40-42)


sábado, 21 de janeiro de 2017

Consciência Cristã 2017


Consciência Cristã 23 a 28 de Fevereiro 2017


VOCÊ ESTÁ NA FÉ?

 por 


“Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos” (2 Co 13:5).

Nada é mais penoso ou difícil do que um sincero auto-exame. Todos tendemos a cultivar uma auto-imagem positiva e resistimos em reconhecer nossa verdadeira situação. Ao mesmo tempo, nada é mais necessário. Quando somos examinados pelos outros, estamos prontos a dizer que sua avaliação é incorreta ou injusta. Mas realmente corremos o risco de pensar que somos verdadeiros cristãos sem que haja evidências seguras dessa realidade. Naquele grande dia do julgamento, muitos se surpreenderão quando Jesus lhes disser: “Não vos conheço”. Só restará um veredito imutável, uma sentença eterna, um desespero diante do banimento definitivo da presença de Deus.
“Estar na fé” é estar em Cristo, é confiar nele somente para a salvação, é demonstrar sinais visíveis de uma natureza transformada, é afirmar uma fé inabalável nas verdades do evangelho. “Estar na fé” só é possível para aqueles que abriram mão da confiança em si mesmos, sentiram uma profunda tristeza por seus pecados, abraçaram a Cristo com seu Senhor e Salvador pessoal. “Estar na fé” é experimentar a alegria do perdão, a paz de Cristo que ultrapassa toda compreensão, o conforto da vida eterna, o amor que nos constrange a viver uma nova vida para o Senhor. Quando estamos na fé, não vivemos em função da coisas terrenas, pois a nossa pátria está nos céus. Não abrigamos mágoa no coração porque fomos perdoados para perdoar. Não fazemos da igreja um clube social, mas a comunhão dos santos que adoram a Deus em espírito e em verdade.
Você está na fé? Você tem convicção absoluta que não está entre aqueles que foram provados e reprovados? Há sinais inconfundíveis de que você é uma nova criatura? Nada é mais importante do que responder a estas questões. Não pergunto se você é ativo na igreja, se você é fiel nas contribuições, se sua família é tradicionalmente evangélica, se você admira as verdades do evangelho. A minha pergunta é: Você está na fé?
Hoje mesmo você pode buscar a presença de Deus e encontrar esta certeza. Se você for corajoso para fazer um auto-exame e se você perceber que ainda não é um verdadeiro discípulo de Cristo, então chegou o momento de você suplicar a misericórida de Deus, se arrepender dos seus pecados e receber sinceramente a Cristo em sua vida como Senhor e Salvador. Então você descobrirá a alegria não somente de estar na fé, mas também de que Cristo habita em seu coração. O Senhor não veio para os sãos, mas para os doentes. O reconhecimento da necessidade é o primeiro passo para a cura. Examine-se a si mesmo, para ver se você realmente está na fé.
Rev. Jorge Issao Noda

PORQUE NAS IGREJAS HISTÓRICAS NÃO SE VÊ EXPULSÃO DE DEMÔNIOS? - AUGUSTUS NICODEMUS


Documentário Rebanhão 35 Anos de História


quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

A CHAVE DO CRESCIMENTO


“Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância...” (Jo 10:10).

Qual é a chave do crescimento de uma igreja? Finanças saudáveis? Prédios confortáveis? Bons programas? Departamentos bem organizados? Cultos animados? Eventos? Inovações metodológicas? Tudo isso tem o seu lugar, mas é preciso lembrar que nada disso garante o crescimento de uma igreja. Por natureza, igreja é o povo de Deus, formado por aqueles que Deus separou para si através da salvação em Cristo. Ela não se edifica como outras instituições humanas. Podemos ter tudo, mas devemos lembrar que a chave para o crescimento de uma igreja é a vida dos seus membros.
Cometemos um grave erro quando nos envolvemos num acelerado ativismo e negligenciamos os elementos básicos de uma vida espiritual: comunhão com Deus através da oração, meditação na sua palavra, comunhão com os irmãos, exercício de nossos dons espirituais, participação nas ordenanças, adoração espiritual. De que vale todo movimento, todas as atividades, todos os esforços nos ministérios da igreja se não estamos em comunhão com Deus? Acaso pensamos que vidas são salvas por métodos? Acreditamos que resultados espirituais virão sem uma intervenção de Deus?
Não prossiga no seu desenfreado ativismo se você está consciente que não está bem com Deus. Não se torne escravo do urgente, mas lembre-se que nada pode substituir aquelas “preciosas horas na presença de Jesus”. Cuidado com a síndrome de Marta. Siga o exemplo de Maria. Sem a comunhão com o Senhor não conseguimos produzir o fruto do Espírito, não adoramos a Deus em espírito e em verdade, não vemos a atuação sobrenatural de Deus. Pelo contrário, ficamos  cansados num serviço sem alegria, num envolvimento sem motivação, numa obra sem paixão. Quando não estamos bem com Deus, nossos relacionamentos são atingidos, nossa mente contamina-se com os valores deste mundo, nossas palavras perdem a eficácia e autoridade que só encontram na presença de Jesus.
Deus não quer seu ativismo. Ele quer sua vida. Não se preocupe com os resultados que você possa produzir, mas com aquilo que ele quer fazer através de pessoas completamente dependentes dele. Frutos espirituais não são produzidos pelo maquinário eclesiástico, mas pela vida que está no coração.
Por isso, volte-se para o seu Pai celestial. Aquiete-se na sua maravilhosa presença, onde há plenitude de alegria e delícias perpetuamente. Experimente a luz da face de Deus banhando sua alma e fortalecendo seu interior. Permita que a semente viva de sua Palavra encontre terreno fértil e deixe que ela germine como o poder de Deus. Quando seu coração estiver quebrantado e contrito, quando seus olhos espirituais perceberem o Senhor na sua formosura, quando seu interior desejar mais que tudo o amor de Deus, então você estará preparado para descer do monte e servir ao Senhor.
Quando há vida, há reprodução. Quando estamos em comunhão com Deus, abandonando o pecado e tudo aquilo que nos afasta dele, então estamos em condições de sermos instrumentos para que vidas sejam alcançadas e transformadas.
Ainda hoje cientistas tentam inutilmente reproduzir vida no laboratório. Não tente fazer o mesmo na esfera da igreja, saiba que só Deus pode produzir e reproduzir vida. A chave do crescimento é a vida. 

sábado, 14 de janeiro de 2017

Vídeo mostra evangélica quebrando imagem de Nossa Senhora em SP

Vídeo mostra evangélica quebrando imagem de Nossa Senhora em SP

Imagens postadas no Facebook e feitas em Botucatu mostram suposta pastora dando marteladas em objeto religioso; evangélicos não cultuam imagens de santos.

Um vídeo feito por membros de uma igreja evangélica de Botucatu (SP) e postado no Facebook nesta quarta-feira mostra uma mulher, apontada como pastora, quebrando uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira dos católicos no Brasil. 



http://veja.abril.com.br/brasil/video-mostra-evangelica-quebrando-imagem-de-nossa-senhora-em-sp/


"Esse tipo de fanatismo só mostra o quanto alguns evangélicos estão longe do Evangelho. Não será com esse tipo de atitude que vamos combater a idolatria, isso só gerá mais aversão e preconceito contra os evangélicos."
(Euder Faber Guedes Ferreira III)

domingo, 8 de janeiro de 2017

O Culto que Glorifica a Deus

O Culto que Glorifica a Deus – Augustus Nicodemus (Reprise: Conferência Fiel Pastores e Líderes 2016)
Após o povo retornar do exílio, eles começaram a desanimar, pois parecia que as promessas de Deus não estavam se cumprindo. Esse desânimo refletia no culto dado a Deus (hoje, da mesma forma, quando as pessoas estão desanimadas, elas deixam de ir ao culto) Malaquias, então, surge, buscando a restauração do culto a Deus.

1) Devemos cultuar a Deus porque ele nos amou primeiro (1.1-5)

Deus exorta o povo a cultuar e amar a Deus porque ele nos amou primeiro e nos escolheu para sermos o seu povo.

2) Devemos cultuar a Deus como ele quer e não como pensamos (1.6-14)

Em Malaquias, Deus ensina que não aceita adoração diferente daquilo que ele prescreveu. No culto não basta sinceridade; precisamos cultuar a Deus como ele determinou. Não podemos inventar maneiras de adorar a Deus; o culto que agrada a Deus busca adorá-lo como ele revelou que deseja ser adora.

3) O culto precisa ser guiado e conduzido por homens capazes e hábeis (2.1-9)

Os sacerdotes no tempo de Malaquias se corromperam e deixaram de ensinar o povo de Deus. O Senhor diz que iria tornar aquela liderança impura para que fosse retirada do meio do povo.

4) O culto só será aceito se for expressão de uma vida santa (2.10-16)

O povo chorava, gemia e levantava um clamor diante de Deus, mas Deus rejeita a adoração deles (v. 13), isso porque estavam vivendo em pecado (casando com adoradoras de deus estranho – v.11; adulterando e divorciando sem motivo – v.14-15).

5) Precisamos de purificação para cultuar a Deus n(2.17-3.5)

O povo estava duvidando da justiça de Deus e o Senhor afirma que entraria em juízo contra o seu povo, contra aqueles do povo de Deus que praticavam iniquidade, enviando seu mensageiro (João Batista) e depois o Anjo da Aliança (Cristo) para estabelecer uma nova aliança, purificar o povo (v. 3) para que eles pudessem oferecer oferta agradável (v.4). O culto deve ser uma expressão de nossa total consagração a Deus.

6) O culto deve ser uma expressão de nossa total consagração a Deus (3.6-12)

Deus mostra um exemplo que o povo havia se desviado de Deus: eles estavam roubando a Deus nos dízimos e nas ofertas. Não que Deus precisasse daquele dinheiro, mas esse era um sinal de que eles estavam afastados. O bolso é um dos últimos a se converterem e o NT coloca que a generosidade e liberalidade é uma marca da conversão

7) O culto não deve ser por aquilo que Deus dá, mas por quem ele é (3.13-18)

O povo estava resmungando, pois os ímpios estavam prosperando, e dizia que era inútil servir a Deus. O Senhor afirma que o dia chegaria quando a diferença entre ímpios e justos seria nítida, mas até então seus servos deveriam adorá-lo não por aquilo que ele dá, mas por quem ele é: o Deus que os elegeu e os amou com amor pactual.

8) Vai chegar um dia em que ficará claro que vale a pena adorar a Deus (4.1-5)

Deus fala que virá o dia de juízo sobre os ímpios e que todos, então, saberão que vale a pena adorar ao Senhor.

Aplicações

1. Hoje temos cultos inteiramente voltados à prosperidade, nos quais as pessoas adoram a Deus por barganha para ganhar as bênçãos de Deus. Cultos voltados para a prosperidade material são um desvio da adoração correta a Deus. A evidência do amor de Deus não é prosperidade financeira, mas sua eleição e amor pactual.
2. Vemos também igrejas reestabelecendo elementos da antiga aliança (batismo no Jordão, arca da aliança e outros elementos judaicos), quando Malaquias aqui nos mostra que viria novamente o Anjo da Aliança e Hebreus diz que tais coisas era sombras. Na adoração a Deus a pergunta não é se é proibido, mas se é ordenado.
3. Deus não se preocupa só que o culto seja feito conforme foi ordenado, mas que seja feito com todo coração.
4. O culto não são somente para celebração e festa, mas também há espaço para exortação e lamentação (Tg 4.9).



quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Graça Manifestada - Para a Nossa Salvação

Burkhard Vetsch

"Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens" (Tt 2.11).
A graça – De onde ela vem? O que ela produz? O que ela transforma em minha vida?
De onde vem a graça?
Ela brota do insondável amor de Deus para conosco, e é personificada em Jesus Cristo, que nasceu em Belém. "Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (Jo 1.17). Ela encontra seu ponto culminante na morte sacrifical de Jesus no Calvário e é válida como dádiva de misericórdia a todos os homens que já viveram, vivem e ainda viverão. Todo o Antigo Testamento, a Torá, os Salmos e os Profetas, apontam para Aquele que traz a graça, que sacrificou Sua vida para expiar os nossos pecados. Não é possível separar a graça da cruz. Cruz e graça formam uma unidade inseparável. Um Evangelho sem cruz não é Evangelho, pois o preço do nosso perdão, que Jesus pagou no Calvário com o Seu sangue, é alto demais. Mas não existe uma anistia geral. A sedutora doutrina da salvação final de todos, que vem muito ao encontro do pensamento humanista, contradiz o testemunho global da Sagrada Escritura, e por isso é uma mentira de Satanás. Não é possível separar a graça da justiça e da santidade de Deus.
O que a graça produz?
Ela traz a salvação, como diz o nosso texto bíblico. Todas as pessoas desejam um mundo saudável, intato. Quando ele existirá? No Milênio. Pelo pecado, toda a criação foi arrastada para o turbilhão da ruína e da morte. Jesus Cristo, que esteve presente na criação, arrebatará definitivamente o domínio de Satanás e restabelecerá uma situação paradisíaca. Esse plano de salvação divino é irrevogável. Ele já pode ser experimentado hoje por aqueles que confessam Jesus Cristo como seu Senhor. Você já está integrado nele? Feliz de você, se for assim! Se você não tem certeza da salvação, arrependa-se e venha ao trono da graça! Confesse os seus pecados em arrependimento sincero, e você achará misericórdia, você encontrará a graça! Jesus diz: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á" (Mt 7.7).
A graça se manifestou através de Jesus Cristo. Sua manifestação é chamada de Epifania no calendário litúrgico. Aparições celestiais, relatadas freqüentemente nas Escrituras, manifestações de anjos ou do próprio Senhor, tiveram efeitos assustadores, impressionantes e edificantes sobre as pessoas. Pois não era algo banal que mensagens fossem dirigidas diretamente do mundo celestial a pessoas comuns. Quantas vezes lemos: "Eis que lhe apareceu um anjo do Senhor..." Antes da queda em pecado, o primeiro casal humano no Paraíso tinha um relacionamento íntimo com o próprio Deus. Lemos que Deus andava com os homens no jardim do Éden. Isso deve ter sido indescritivelmente glorioso e agradável – cada encontro com Deus era uma festa! Mas então o pecado criou um abismo intransponível, pois a santidade de Deus e a nossa pecaminosidade se excluem mutuamente. Deus não olha para onde existe pecado, mas Ele ama o pecador, porque é criatura Sua. Por isso o Seu amor insondável, apesar de ser sublime e santo, sempre encontrou o caminho até os pecadores. Que possamos reconhecer ainda muito mais a nossa indignidade e a santidade de Deus! Em Jesus Cristo encontramos graça restauradora e salvadora!
Antes que nosso Salvador aparecesse em forma humana sobre a terra, o próprio Deus revelou-se em epifanias. Como Abraão, também nós deveríamos ser tomados de profunda reverência pela visita dos três homens nos carvalhais de Manre. "Apareceu o Senhor a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava sentado à entrada da tenda, no maior calor do dia. Levantou ele os olhos, olhou, e eis três homens de pé em frente dele, Vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra e disse: Senhor meu, se acho mercê em tua presença, rogo-te que não passes do teu servo" (Gn 18.1-3)..
O que esse encontro trouxe de graça salvadora? Vejamos três aspectos:
Em primeiro lugar, a visita do Altíssimo com Seus dois acompanhantes foi por si só um acontecimento altamente honroso e prazeroso para Abraão. Por isso ele os saudou respeitosamente: "Levantou ele os olhos, olhou, e eis três homens de pé em frente dele. Vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra e disse: Senhor meu, se acho mercê em tua presença, rogo-te que não passes do teu servo," e depois atendeu seus nobres visitantes como príncipes. A seguir, ele recebeu a promessa de que no ano seguinte Sara teria um filho. Por fim, desse encontro e da intercessão de Abraão resultou a salvação de seu sobrinho Ló do terrível lamaçal de pecado de Sodoma. Portanto, ocorreu uma bênção múltipla de graça salvadora!
E assim lemos por toda a Bíblia sobre outros encontros singulares e salvadores de Deus com Isaque, Jacó, Moisés, Davi, Salomão e muitos outros. Escolhamos mais um encontro especial com Deus relatado no Antigo Testamento. O pastor de ovelhas Moisés viu uma sarça ardente no Monte Horebe, onde reconheceu o anjo do Senhor e ouviu a voz de Deus: "Não te chegues para cá; tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa. Disse mais: Eu sou o Deus de teu Pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus" (Êx 3.5-6). A seguir Deus se revelou a Moisés pelo Seu nome: "Eu sou o que sou" (Êx 3.14).Esse nome tem o maior significado! Aquele que é eternamente e que sempre permanece igual revela-se ao homem, do qual jamais pode ser dito algo igualmente positivo. O homem é capaz de se transmudar, enganar e decepcionar, sendo até como um ator em dissimulação. É Satanás que nos ensina a sermos falsos, a usarmos máscaras, pois ele também pode transformar-se em anjo de luz ou aparecer como lobo em pele de cordeiro para seduzir as pessoas. Como é bom saber e firmar-se pela fé no fato de que Deus é imutável! É o que igualmente está escrito acerca de Seu Filho: "Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre" (Hb 13.8). Ele, que está assentado à destra do trono de Deus, é e continua sendo o nosso intercessor.
Mas que salvação trouxe essa aparição de Deus no Monte Horebe? Mais uma vez algo múltiplo:
1. Como Moisés, devemos reconhecer a santidade de Deus e prostrar-nos diante dEle em adoração e santa reverência! Na nossa sociedade multicultural muitas coisas são niveladas e profanadas. O respeito a Deus e à autoridade desaparece. Reverência santa tornou-se uma idéia ultrapassada. Mas Moisés foi tomado de santo temor quando viu e sentiu a presença divina.
2. Quando Deus dá uma tarefa difícil aos homens, Ele também dá as forças necessárias para executar essa tarefa. Com a revelação de Deus a Moisés este tornou-se capaz de liderar o povo, de ser um guia até a Terra Prometida.
3. Aqui foi dado início à salvação do povo judeu, que era escravo no Egito. Deus manifestou-se para anunciar a libertação do Seu povo. Portanto, mais um bênção múltipla resultante dessa aparição santa e salvadora!
Uma pergunta, entre parênteses: É necessário sempre recorrer a exemplos do Antigo Testamento? Pensamos que sim. Por um lado, reconhecemos no Antigo Testamento o sábio trabalho de educação que Deus realizou com Seu povo. Também nós deveríamos aprender dessas experiências do passado. Por meio delas é colocado um espelho diante de nós. Se considerarmos isso moralista, revelamos presunção reprovável. Por outro lado, precisamos saber: "Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (2 Tm 3.16). Além disso, não devemos depreciar o Antigo Testamento como algo ultrapassado, pois declarações que têm valor e significado para a salvação são sempre atuais. Mas quem ainda as leva a sério hoje em dia? O Antigo e o Novo Testamento não podem ser separados, pois formam uma unidade orgânica. O Plano de Salvação começou com o primeiro homem e se desenvolve constantemente até seu final no reino celestial. Você terá experiências felizes e abençoadas ao ler toda a Bíblia em oração!
Mas a história secular e o plano de Deus para com os homens seguem em direção ao ponto culminante da graça salvadora. Pois estamos a caminho do estabelecimento e da plenitude do reino de Jesus Cristo: "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei" (Gl 4.4). No Natal cantamos com alegria: "...então do Seu trono Deus enviou a salvação do mundo, Ele enviou a Ti, Seu Filho".
O que a graça manifestada produz? Uma transformação revolucionária do mundo, quando pessoas se deixam mudar por Jesus. Isso significa uma poderosa penetração do mundo celestial em nosso tempo: Cristo veio para realizar a expiação por nós, e isso levou à Sua morte sacrifical no Calvário. A vinda do Salvador a esta terra traz graça salvadora aos corações abatidos e enfermos pelo pecado. Ninguém precisa se desesperar, a salvação veio para todos. Aquele que experimentou essa graça salvadora não pode e não deve guardá-la só para si: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19), foi a tarefa deixada por Jesus a Seus discípulos. E esse pequeno grupo, que aceitou o chamado de Jesus e foi equipado pelo Espírito Santo, passou a trabalhar no lugar que Jesus designara para cada um deles. Assim também ainda hoje, especialmente os jovens deveriam se deixar recrutar para o Seu serviço! Como é grande a diferença entre o sistema que Deus usa para escolher Seus cooperadores e a maneira usada pelos detentores do poder terreno: "Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes" (1 Co 1.26-27). Sempre houve pessoas que obedeceram a esse chamado e se deixaram preparar para o trabalho de testemunhar, seja em lugares longínquos ou no seu local de trabalho. A mensagem da cruz e da graça salvadora ainda precisa ser propagada hoje, acompanhada de um apelo à decisão, mesmo que nem sempre seja bem aceita. Quem quer ser um soldado de Cristo e não um anticristo?
O versículo citado no início nos diz que a graça se manifestou salvadora. Quando hoje pessoas nos falam de visões transcendentais ou aparições de luz, alertamos sobre essas manifestações. Nos princípios do Plano de Salvação, Deus considerou-as necessárias para as pessoas daquela época. Hoje não precisamos mais desses fenômenos, pois na Bíblia temos toda a Palavra de Deus, que é suficiente e pela qual Deus pretende nos falar a qualquer momento. Se isso não basta para nós, não temos solução. Deus falou por meio de Seu Filho e depois através dos apóstolos (Hb 1.1). O reformador Zwinglio tinha plena razão com seu apelo: "À Escritura, à Escritura!"
O que a graça revelada transforma em minha vida?
A nossa natureza pecaminosa e corrompida não pode ser melhorada. Nem a psicologia pode ajudar. A única coisa que resolve realmente é entregar totalmente à morte o tão querido "eu" e mergulhar na graça salvadora que Jesus nos oferece. Então experimentamos o poder transformador do Espírito Santo, que renova desde a base: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5.17). Você realmente deseja isso? Na verdade esse é um processo doloroso, mas muito salutar. Infelizmente muitas pessoas recuam quando se trata de dar esse passo concreto no discipulado de Jesus. Em primeiro lugar a graça salvadora pretende produzir a cura do nosso eu corrompido e pecaminoso. Nós mesmos não somos capazes de realizar isso. A cura bíblica acontece quando concordamos em nos identificar com a morte de Jesus (Rm 6.1-14). O inimigo tenta barrar-nos, pois teme a cruz, porque ali ele foi julgado. O caminho que eu e você devemos seguir é indicado nos versículos que seguem as nossas palavras de introdução:"...educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a si mesmo se deu por nós, a fim de remir-nos de toda a iniqüidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras" (Tt 2.12-14). Nosso ministério e nosso trabalho só serão frutíferos e esses frutos só permanecerão se produzidos por uma vida em constante comunhão com Jesus. Isto é santificação, pois a Escritura diz:"Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hb 12.14).
Examine-se: o que o impede de seguir a Jesus de maneira decidida? O tempo passa, e sem demora Jesus virá, seja para o Arrebatamento ou para tomá-lo para Si, e aí você estará inesperadamente diante dEle. Não perca de vista o glorioso alvo, pois aí valerá também para você: "Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda" (2 Tm 4.8).